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ÁFRICA DO SUL
Morre Helen Suzman, ativista branca contra o apartheid
DA REDAÇÃO
Morreu ontem, em Johannesburgo, Helen Suzman,
combatente histórica do
apartheid na África do Sul,
em sua casa, aos 91 anos.
Em 1953, Suzman foi eleita
para o Parlamento sul-africano e, poucos anos depois,
ajudou a criar o liberal Partido Progressista. Durante 13
anos, ela foi a única oposicionista no Parlamento ao regime de segregação e à legislação racista impostos pelo governo do Partido Nacionalista. Suzman tinha uma relação de mútua aversão com o
ex-presidente P. W. Botha,
um dos grandes entusiastas
das leis do apartheid.
Após seu afastamento em
1989, ela trabalhou em várias
instituições públicas, inclusive na Comissão Eleitoral
Independente que monitorou a primeira eleição multirracial do país em 1994. Ela
estava ao lado de Nelson
Mandela -primeiro presidente negro do país e seu
grande amigo- quando ele
assinou a nova Constituição
de 1996.
Suzman foi uma das poucas brancas a ganhar o respeito dos negros sul-africanos quando começou a fazer
visitas regulares a Mandela,
sentenciado à prisão perpétua no ano de 1964.
Relembrando a primeira
visita de Suzman ao setor B
da prisão de Robben Island
em 1967, Mandela disse: "Foi
uma estranha e maravilhosa
sensação ver aquela corajosa
mulher".
Suzman era filha de lituanos judeus que fugiram do
antissemitismo. Após deixar
o Parlamento, também criou
uma fundação que luta pela
democracia.
Com agências internacionais
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