São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

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ÁFRICA DO SUL

Morre Helen Suzman, ativista branca contra o apartheid

DA REDAÇÃO

Morreu ontem, em Johannesburgo, Helen Suzman, combatente histórica do apartheid na África do Sul, em sua casa, aos 91 anos.
Em 1953, Suzman foi eleita para o Parlamento sul-africano e, poucos anos depois, ajudou a criar o liberal Partido Progressista. Durante 13 anos, ela foi a única oposicionista no Parlamento ao regime de segregação e à legislação racista impostos pelo governo do Partido Nacionalista. Suzman tinha uma relação de mútua aversão com o ex-presidente P. W. Botha, um dos grandes entusiastas das leis do apartheid.
Após seu afastamento em 1989, ela trabalhou em várias instituições públicas, inclusive na Comissão Eleitoral Independente que monitorou a primeira eleição multirracial do país em 1994. Ela estava ao lado de Nelson Mandela -primeiro presidente negro do país e seu grande amigo- quando ele assinou a nova Constituição de 1996.
Suzman foi uma das poucas brancas a ganhar o respeito dos negros sul-africanos quando começou a fazer visitas regulares a Mandela, sentenciado à prisão perpétua no ano de 1964.
Relembrando a primeira visita de Suzman ao setor B da prisão de Robben Island em 1967, Mandela disse: "Foi uma estranha e maravilhosa sensação ver aquela corajosa mulher".
Suzman era filha de lituanos judeus que fugiram do antissemitismo. Após deixar o Parlamento, também criou uma fundação que luta pela democracia.

Com agências internacionais



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