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Indústria de armas lucra com ação iminente
LESLIE WAYNE
DO "THE NEW YORK TIMES"
Com o assunto guerra presente por toda parte e os Estados Unidos aumentando seu
orçamento militar, os maiores
fabricantes de armamentos
anunciaram vendas fortes no
trimestre e no ano.
A Lockheed Martin Corporation, maior fabricante norte-americana de equipamentos
militares, declarou um aumento de 11% nas vendas de 2002. A
Raytheon, que fabrica os mísseis Stinger e Tomahawk,
anunciou que seus lucros operacionais dobraram no quatro
trimestre do ano passado.
Embora a receita líquida das
duas empresas tenha sido prejudicada pelo cancelamento de
algumas séries de produtos,
suas linhas de armamentos básicos que vêm sendo usados no
Afeganistão e estão sendo preparados para possível uso no
Iraque proporcionaram a ambas um fluxo de caixa sólido e
um crescimento forte.
Os rendimentos da Lockheed
subiram 11% em 2002, chegando a US$ 26,6 bilhões. A receita
líquida de 2002 chegou a US$
500 milhões, ou US$ 1,11 por
ação. Em 2001 a empresa tinha
perdido US$ 1 bilhão líquido,
ou US$ 2,42 por ação.
Mas a virada da Lockheed foi
possibilitada por muitos de
seus produtos mais básicos e
rentáveis, como o caça F-16,
além do aumento dos gastos do
governo americano com vigilância eletrônica e sistemas de
controle de mísseis, dentro do
contexto do combate ao terrorismo e do preparo para uma
possível invasão do Iraque.
"Nosso quatro trimestre foi
sólido para a empresa, assim
como foi o ano inteiro", disse o
executivo-chefe da Lockheed,
Vance D. Coffman, e sua opinião foi reiterada por analistas
financeiros. O analista Nick Fothergill, da Banc of America Securities, de Londres, disse que a
Lockheed ""vai vender muitos
aviões de combate nos próximos dois anos".
A performance da Raytheon
foi beneficiada pelo aumento
em suas vendas de sensores e
mísseis. A empresa produz radares e equipamentos eletrônicos para aviões de combate, helicópteros de guerra e satélites,
os quais estão sendo adquiridos em números crescentes pelas Forças Armadas americanas. Um dos itens da linha de
produtos da Raytheon é o avião
de reconhecimento Global
Hawk, usado no Afeganistão.
"A Raytheon parece estar
conseguindo sair do vermelho", disse um analista da Standard & Poor's. "O fato de os setores eletrônico e de mísseis estarem crescendo solidamente
ajudou. Mas a empresa partiu
de uma base muito baixa."
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