|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA enviam aviões não tripulados ao Haiti
Predator, comumente usado em zonas de guerra, fará sua primeira missão humanitária, diz Pentágono
DA REDAÇÃO
O Pentágono informou ontem que os EUA deslocaram ao
Haiti seis aviões não tripulados
Predator para ajudar a missão
militar americana no país, devastado pelo terremoto de 12 de
janeiro. O avião-robô é mais comumente usado em zonas de
guerra, como o Iraque e a fronteira entre Afeganistão e Paquistão, para ataques aéreos a
insurgentes e para prover imagens à inteligência americana.
"Os aviões darão informação
visual 24h por dia às tropas em
terra [no Haiti]", informou boletim de vídeo do Pentágono,
segundo o qual é a primeira vez
que o Predator é usado em missões humanitárias, numa operação com o aval do governo
haitiano. Os aviões deixaram
Porto Rico rumo ao Haiti no
fim de semana e serão operados
por cerca de 50 militares.
Os EUA defendem o avião-robô como um dos principais
trunfos na luta contra insurgentes islâmicos na fronteira
afegã. Foi um ataque de um
Predator americano que matou
o líder do Taleban no Paquistão, Baitullah Mehsud, em
agosto passado. O uso das aeronaves tem crescido rapidamente, em especial para sobrevoar e
atacar áreas tribais, resultando
em mortes -suspeita-se que
muitas delas de civis, um dos
motivos pelos quais o aparato
causa polêmica.
Ao site DoD Buzz, especializado em defesa, um oficial
americano disse que a missão
dos EUA já vinha usando outras aeronaves para obter imagens aéreas de "infraestrutura,
portos e aeroportos" do Haiti.
Países como Brasil e França
criticaram a presença maciça
de tropas americanas no Haiti.
A secretária de Estado, Hillary
Clinton, refutou os comentários na semana passada, lamentando "aqueles que atacam a
generosidade do nosso povo".
Já o porta-aviões americano
USS Carl Vinson e o cruzador
Bunker Hill abandonarão o
Haiti após duas semanas ali,
mas deixam dez helicópteros
para continuar a distribuição
de ajuda humanitária, disse ontem o general Douglas Fraser,
chefe do Comando Sul dos
EUA. "Estamos lá para ajudar o
povo do Haiti", disse o general.
"Vamos manter os recursos necessários para isso."
Ainda ontem, os EUA retomaram o traslado aéreo à Flórida de feridos graves do terremoto, após cinco dias de suspensão dos voos, em meio a um
impasse sobre quem arcaria
com as despesas médicas.
Segundo o coronel Gregory
Kane, um avião com feridos
partiu na noite de anteontem, e
outro partiria ainda ontem.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Denúncia contra Kirchner reaviva crise Próximo Texto: Justiça: Americanos podem ser indiciados por transportar crianças Índice
|