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ORIENTE MÉDIO
São "passos práticos" para criar Estado, diz Blair
Abbas promete fazer reforma da segurança e combater terroristas
DA REDAÇÃO
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, comprometeu-se
ontem a reestruturar suas forças
de segurança e inteligência, conforme exigiam Israel e os EUA, e a
apertar o cerco contra radicais
que possam desestabilizar o processo de paz israelo-palestino.
O compromisso foi feito durante conferência internacional patrocinada pelo premiê britânico,
Tony Blair, ontem em Londres.
Numa demonstração de apoio e
de pressão sobre o governo palestino, mais de 30 delegações participaram. Israel não compareceu.
Para ajudar os palestinos, a comunidade internacional prometeu à Autoridade Nacional Palestina a soma de US$ 1,2 bilhão em
2005. "É muito mais do que [foi
prometido] antes, e ainda mais é
esperado", disse o ministro palestino das Finanças, Salam Fayyad.
"O que temos hoje é um acordo
(...) com os passos práticos, as pedras fundamentais, para criar um
Estado [palestino] viável", disse
Blair ao fim do encontro.
Para a secretária de Estado dos
EUA, Condoleezza Rice, que esteve no encontro, as perspectivas de
paz entre israelenses e palestinos
são as melhores em muitos anos.
"Estamos tentando lançar as bases para uma solução com dois
Estados. Para tanto, temos de
construir as forças de segurança
palestinas", disse.
Abbas condenou ainda o atentado suicida de sexta-feira, em Tel
Aviv, que interrompeu o cessar-fogo acordado por israelenses e
palestinos em fevereiro. "Asseguro que começamos a adotar uma
série de ações para encontrar os
sabotadores e aqueles responsáveis por essa operação", disse.
Em declaração à ABC News, Rice disse haver "evidências" de que
o atentado tenha sido realizado
pelo grupo Jihad Islâmico.
Em nota, o premiê israelense,
Ariel Sharon, disse estar satisfeito
com os resultados da conferência,
mas insistiu em que os palestinos
devem lutar "contra o terror".
"Israel sustenta que será impossível avançar no processo político
conforme o Mapa do Caminho
enquanto a Autoridade Palestina
não lutar firmemente contra o
terrorismo e desmantelar as organizações terroristas", disse a nota.
Fora da conferência, a comunidade internacional também cobrou "ação imediata" dos palestinos contra grupos terroristas.
Com agências internacionais
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