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ATAQUE DO IMPÉRIO
13º DIA
Duelo com divisão de elite da Guarda Republicana poderia marcar a ofensiva final contra a capital
EUA iniciam grande batalha contra as defesas de Bagdá
DA REDAÇÃO
Depois de romperem o cerco
montado pelo Iraque destinado a
evitar o acesso a Bagdá, as forças
norte-americanas deram início
ontem, em Karbala (80 km a sudoeste de Bagdá), a um confronto
que poderia marcar a ofensiva final contra a capital iraquiana.
De acordo com a Associated
Press, ao final de horas de bombardeios aéreos, os americanos
travavam nos arredores da cidade
combates com a Divisão Medina
da Guarda Republicana, o grupo
mais bem preparado e equipado
da forças iraquianas. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre baixas.
A imprensa britânica, citando
fontes do comando militar do
Reino Unido, disse que a ofensiva
terrestre contra Bagdá pode começar em 48 horas.
Karbala é uma das cidades sagradas dos muçulmanos xiitas.
Eventuais danos causados pelos
bombardeios e investidas da coalizão devem piorar a incipiente
animosidade entre os invasores e
a população iraquiana.
"Essa é a grande batalha", disse
um oficial norte-americano ao
comentar o confronto com as divisões da Guarda Republicana.
Antes do enfrentamento em
Karbala, os EUA conduziram ataques com mísseis Tomahawk
contra posições da Divisão Medina nas cidades localizadas nas vias
de acesso a Bagdá. O objetivo dos
ataques seria justamente "limpar" as rotas para a passagem das
unidades que atacariam a capital.
O general Tommy Franks, comandante das operações no golfo
Pérsico, havia afirmado na tarde
de ontem que a Divisão Medina
perdera mais da metade de seu
contingente depois dos intensos
bombardeios e dos combates em
terra com a coalizão (como o travado anteontem em Hindyia).
Segundo os EUA, duas outras
divisões da Guarda, a Adnan e a
Nabucodonosor, teriam se movido nos últimos dias para o sul de
Bagdá, aparentemente para reforçar as defesas contra os invasores.
Um das metas dos americanos,
externada pelo chefe do Estado
Maior, general Richard Myers, era
eliminar a Guarda Republicana
antes de iniciar a ofensiva contra a
capital iraquiana.
Pelo menos 75 soldados iraquianos morreram e outros 44,
incluindo membros da Guarda
Republicana, foram feitos prisioneiros em enfrentamentos nos
subúrbios de Diwaniyah.
Uma faixa entre Diwaniyah e
Kut (a nordeste) foi alvo de intenso bombardeio, no que o serviço
de inteligência dos EUA chamou
de "operação de limpeza". Os marines teriam, segundo a Associated Press, tomado uma base aérea em Qalat Sukkar, ao sul de Kut, que serviria para desembarque de
soldados da coalizão.
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, por sua vez,
negou que os EUA estivessem negociando com autoridades iraquianas o fim da guerra.
Durante a mesma coletiva, anunciou que as forças da coalizão estavam posicionadas ao redor da capital pelo norte, sul e oeste. "O círculo está se fechando", disse Rumsfeld.
Na madrugada de hoje (no Iraque), aviões norte-americanos
voltaram a bombardear a capital
iraquiana. Houve pelo menos seis
grandes explosões no chamado
complexo presidencial, onde se
encontram os prédios da administração central iraquiana.
Também durante a madrugada,
os EUA anunciaram o resgate de
uma prisioneira de guerra em
uma das operações em solo iraquiano. Ela foi identificada como
Jessica Lynch, 19, de Palestine, em
Virgínia Ocidental.
Mais bombas e soldados
Guerrilheiros curdos informaram que não pretendem atacar
Kirkuk (norte) a menos que recebam instruções dos norte-americanos. Kirkuk é a principal zona produtora de petróleo do Iraque.
Membros da guerrilha curda deixaram seu território autônomo há
dez dias e iniciaram avanço para
outras áreas no norte do Iraque.
Fronteiriça à região curda, a
Turquia teme que um ataque a
Kirkuk incentive uma rebelião
entre as população curda que vive
em seu território.
Ontem, jatos dos EUA bombardearam posições iraquianas em
Kifri, a 100 km de Kirkuk.
A cidade de Basra (extremo sul),
cercada por britânicos desde o
início da guerra, recebeu novos
bombardeios.
Tropas da 4ª Divisão de Infantaria começaram a chegar ontem ao
Kuait. Em princípio, a unidade
deveria ter sido enviada à Turquia, para participar da abertura
de uma "frente norte", mas a negativa do governo turco obrigou
os EUA a reverem seu plano.
Com agências internacionais
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