São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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ATENTADOS EM MADRI

Foragido, Farkhet seria "o líder pessoal e o coordenador"

Espanha acusa tunisiano por ataque

DA REDAÇÃO

O tunisiano Serhane ben Abdelmajid Farkhet, 35, foi apontado ontem pela Justiça espanhola como o líder dos terroristas que realizaram os atentados em Madri, segundo uma ordem de prisão divulgada ontem. Ele estaria incitando uma "jihad" (guerra santa) em Madri pelo menos desde meados do ano passado.
Na justificativa, assinada pelo juiz Juan del Olmo, comandante das investigações, Farkhet é identificado como "o líder pessoal e o coordenador" dos envolvidos nos ataques de 11 de março, que mataram 191 pessoas a três dias das eleições gerais espanholas.
Os outros cinco que também tiveram mandados de prisão expedidos são marroquinos, incluindo um homem que teria participado de um encontro da rede terrorista Al Qaeda na Turquia, em 2000.
Também estão sendo procurados dois irmãos da única mulher presa sob suspeita de ter participado dos ataques e um homem que alugou a casa usada para preparar as bombas.
Também conhecido como "o tunisiano", Farkhet é a primeira pessoa desse país do norte da África suspeita de envolvimento nos atentados. Até agora, as investigações estavam centradas em marroquinos, que formam a maioria dos 19 suspeitos já detidos pela polícia.

Bombas pelo correio
Três cartas-bomba endereçadas a órgãos da imprensa espanhola foram interceptadas na Espanha ontem, três semanas após os ataques em Madri. Duas bombas foram desativadas e outra foi detonada após terem sido detectadas por um scanner no centro de distribuição do correio de Zaragoza (norte). O Ministério do Interior informou não saber a origem das bombas.


Com agências internacionais


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