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ZIMBÁBUE
Oposição rechaça resultado
Acusado de fraude, Mugabe vence eleição
DA REDAÇÃO
O partido do ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, saiu vencedor na eleição parlamentar, considerada fraudulenta pela comunidade internacional. O Zanu-PF
obteve 62 cadeiras de um total de
120 em jogo, com a apuração encerrada em 98 distritos.
Mugabe, dessa forma, deve obter o controle de dois terços do
Parlamento. Além dos parlamentares já eleitos, outros 30 são indicados diretamente por ele, o que
já lhe garante, até agora, 92 partidários. E é dado como certo que
ele conseguirá eleger mais oito
deputados nos 22 distritos em que
a apuração não se encerrou.
O Movimento para a Mudança
Democrática (MDC, na sigla em
inglês), principal força de oposição, conquistou apenas 35 cadeiras. A expectativa é que o partido
veja a sua presença no Parlamento -atualmente em 51 deputados- ser reduzida.
O líder do MDC, Morgan
Tsvangirai, pediu que os simpatizantes do partido saíssem às ruas
para condenar o resultado. "Essa
eleição foi uma fraude e mais uma
vez traiu a população".
O diretor de eleições do governista ZANU-PF, Elliot Manyika,
rejeitou as acusações e disse que,
"se eles [os opositores] dizem que
houve fraudes, onde estavam os
seus fiscais no momento em que
elas ocorreram?".
O Departamento de Estado dos
EUA -que inclui o Zimbábue
entre os países da "vanguarda da
tirania"- afirmou, por meio de
seu porta-voz, Richard Boucher:
"Levando em conta a maneira como ocorreu o processo eleitoral,
inclusive alguns relatos que estamos recebendo agora, é muito difícil afirmar que as eleições foram
livres e justas".
Mugabe é o mais antigo líder
africano no poder e o único a liderar um país desde o fim da era colonial. O ditador afirmou que a
eleição de anteontem daria a ele a
legitimidade necessária para pôr
um fim ao crescente isolamento
de seu regime.
Com agências internacionais
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