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Irã minimiza importância do encontro com enviado dos EUA
DA REDAÇÃO
O Irã minimizou ontem o encontro informal entre seu vice-chanceler, Mohammad Mehdi
Akhundzadeh, e o enviado especial dos EUA ao Afeganistão
e Paquistão, Robert Holbrooke,
na conferência internacional
da véspera. Funcionário de
mais alto nível a encontrar um
diplomata americano desde o
início do governo de Barack
Obama, Akhundzadeh lembrou
que não houve diálogo oficial.
"Talvez a divulgação do encontro pelos EUA indique que a
outra parte está ávida por tirar
proveito da conferência", disse
o vice-chanceler iraniano. Convidada por Washington ao encontro, Teerã ofereceu apoio à
reconstrução afegã, mas criticou a escalada militar estrangeira no país. O Irã recebeu
com cautela a proposta de reaproximação de Obama e cobra
a suspensão de sanções a seu
programa nuclear, adotadas no
governo de George W. Bush.
"O Irã está tratando desta
questão com cautela porque a
confirmação do encontro terá
consequências dentro do país e
no mundo islâmico. Há mais de
uma geração, o Irã retrata os
EUA como principal inimigo",
disse o porta-voz do departamento de Estado americano,
Gordon Duguid. Os países romperam laços diplomáticos há 29
anos, após a consolidação da
Revolução Islâmica.
A proposta de "reconciliação
honrosa" com membros do Taleban dispostos a deixarem as
armas, apresentada ontem pela
secretária de Estado americana, Hillary Clinton, foi recebida
com desdém pelo grupo. É
"uma ideia lunática", disse Zabihullah Mujahid, um dos porta-vozes do Taleban, insistindo
em que a única forma de pôr
fim ao conflito é a retirada total
das tropas estrangeiras.
A escalada militar é parte de
uma estratégia para forçar o
Taleban a negociar. Incapazes
de derrotar a insurgência após
mais de oito anos de ocupação,
os EUA e seus parceiros da
Otan (aliança militar ocidental), que derrubaram facilmente o regime do Taleban, defendem a conciliação política.
Com agências internacionais
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