São Paulo, quinta-feira, 02 de abril de 2009

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Venezuela ignora OPEP e aumenta venda aos EUA

Retórica não prejudicou comércio, indica órgão americano

DE CARACAS

A Venezuela aumentou a exportação de petróleo para os EUA, apesar da retórica antiamericana do presidente Hugo Chávez e da promessa de diminuição da extração feita à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cartel liderado pela Arábia Saudita.
Houve aumento de 14% nas vendas de janeiro em relação a dezembro, disse ontem Departamento de Energia dos EUA. Caracas prometeu cortar a extração em 11% e reduzir em 16%, a partir do dia 1º de janeiro, o fornecimento aos EUA, principal mercado do produto, que responde por 93% das exportações venezuelanas.
Em nova alfinetada, Chávez disse ontem que a Venezuela poderia receber ex-detidos na prisão americana na base de Guantánamo (Cuba), em entrevista à TV Al Jazeera, no Qatar, onde participara da Cúpula América do Sul-Países Árabes. O governo Barack Obama decidiu fechar a prisão até 2010, mas esbarra em questões jurídicas e práticas, entre elas para onde enviar os ex-presos.
O venezuelano criticou ainda o novo governo de direita em Israel e atacou a ofensiva a Gaza no início do ano. Do Qatar, Chávez seguiu para o Irã, em sua sétima visita desde 1999.

Processo contra Rosales
A audiência judicial que definirá se o líder opositor venezuelano Manuel Rosales será ou não preso foi marcada para o próximo dia 20, informou ontem o Ministério Público. Prefeito da segunda maior cidade do país, Maracaibo, ele é acusado de enriquecimento ilícito.
Rosales está escondido desde anteontem. Seu partido, o Um Novo Tempo (UNT, centro), afirma que ele está "resguardado" na Venezuela, mas deputados chavistas dizem que ele fugiu do país e estaria no Panamá ou em Miami. Rosales alega que o processo tem motivação política e acusa Chávez de manipular o Ministério Público e o Judiciário para prejudicá-lo.


Com agências internacionais


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