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Venezuela ignora OPEP e aumenta venda aos EUA
Retórica não prejudicou comércio, indica órgão americano
DE CARACAS
A Venezuela aumentou a exportação de petróleo para os
EUA, apesar da retórica antiamericana do presidente Hugo
Chávez e da promessa de diminuição da extração feita à Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cartel
liderado pela Arábia Saudita.
Houve aumento de 14% nas
vendas de janeiro em relação a
dezembro, disse ontem Departamento de Energia dos EUA.
Caracas prometeu cortar a extração em 11% e reduzir em
16%, a partir do dia 1º de janeiro, o fornecimento aos EUA,
principal mercado do produto,
que responde por 93% das exportações venezuelanas.
Em nova alfinetada, Chávez
disse ontem que a Venezuela
poderia receber ex-detidos na
prisão americana na base de
Guantánamo (Cuba), em entrevista à TV Al Jazeera, no Qatar,
onde participara da Cúpula
América do Sul-Países Árabes.
O governo Barack Obama decidiu fechar a prisão até 2010,
mas esbarra em questões jurídicas e práticas, entre elas para
onde enviar os ex-presos.
O venezuelano criticou ainda
o novo governo de direita em
Israel e atacou a ofensiva a Gaza no início do ano. Do Qatar,
Chávez seguiu para o Irã, em
sua sétima visita desde 1999.
Processo contra Rosales
A audiência judicial que definirá se o líder opositor venezuelano Manuel Rosales será
ou não preso foi marcada para o
próximo dia 20, informou ontem o Ministério Público. Prefeito da segunda maior cidade
do país, Maracaibo, ele é acusado de enriquecimento ilícito.
Rosales está escondido desde
anteontem. Seu partido, o Um
Novo Tempo (UNT, centro),
afirma que ele está "resguardado" na Venezuela, mas deputados chavistas dizem que ele fugiu do país e estaria no Panamá
ou em Miami. Rosales alega que
o processo tem motivação política e acusa Chávez de manipular o Ministério Público e o Judiciário para prejudicá-lo.
Com agências internacionais
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