|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANÁLISE
Proposta tenta isolar Síria
SÉRGIO MALBERGIER
da Redação
O Líbano é a carta na manga
da Síria em seu jogo de guerra e
paz com Israel. Com 35 mil soldados no país, foram os sírios
que encerraram a guerra civil
libanesa (1975-90) e hoje controlam sua política externa.
É sintomático o fato de o premiê libanês, Rafik Hariri, recusar de Damasco (capital síria) a
iniciativa israelense.
O grande trunfo de Israel nas
negociações de paz, iniciadas
em 1991, foi ter conseguido dividir os árabes e negociar individualmente com cada país e
com os palestinos.
Israel já tem acordos de paz
com Egito, Jordânia e palestinos. O maior pavor da Síria é
ver o Líbano também assinando a paz com Israel, deixando
Damasco só diante da recusa
israelense em devolver as estratégicas colinas do Golã (tomadas em 1967).
O ditador sírio, Hafez al Assad, doente, não quer deixar o
poder antes de recuperar o Golã. O Líbano é a sua maior
moeda de troca.
É pela Síria que as armas iranianas chegam aos militantes
do Hizbollah (Partido de
Deus), que fazem do sul do Líbano a única fronteira sangrenta do Estado judeu.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|