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VENEZUELA
Outras autoridades devem passar por votação antes dele, diz presidente
Chávez quer outros referendos
DA REDAÇÃO
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que a realização
de um referendo sobre a sua permanência no poder somente pode ocorrer após outros similares
serem organizados para definir o
futuro de governadores, prefeitos
e parlamentares.
"Há várias requisições para referendos que foram feitas bem antes do que querem aplicar a mim.
Esses referendos teriam prioridades. Precisam ser realizados antes", disse Chávez.
Após seis meses de mediação
internacional para solucionar a
crise política no país, o governo
de Chávez assinou na semana
passada um acordo com a oposição admitindo que a saída para a
situação do país deve se dar por
meio de um referendo.
Segundo a Constituição, um referendo pode ser realizado após a
metade do mandato de uma autoridade com cargo eletivo. Para
Chávez, eleito em 2000, a metade
de seu termo é o dia 19 de agosto.
O meio do mandato de outras autoridades eleitas já passou.
Para ser realizado um plebiscito, é necessária a assinatura de
20% do total de eleitores de determinado cargo.
Mercosul
"A Venezuela quer ser membro
do Mercosul." A declaração foi
dada por Chávez ao jornal argentino "Página 12", que publicou
ontem uma longa entrevista com
o presidente venezuelano.
Chávez criticou o Mercosul e os
países andinos por terem deixado
a orientação tecnocrata se sobrepor à política: "Como os chefes de
Estado podem delegar a técnicos
o destino da integração? Encerram-se as discussões porque os
técnicos não entram em acordo
sobre impostos etc., e por aí não
se chega a lugar algum".
Chávez também afirmou na entrevista que já havia deixado claro
ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva a aspiração da Venezuela de
integrar-se ao bloco.
Chávez também propôs abrir
um "debate continental" para discutir uma possível intervenção armada na Colômbia. Ele classificou de "loucura" a criação de uma
força multinacional em território
colombiano.
Com agências internacionais
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