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ORIENTE MÉDIO
País reduz restrições
Israel deve desmantelar assentamentos ilegais
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro israelense,
Ariel Sharon, anunciou ontem
que pretende desmantelar os assentamentos judaicos ilegais nos
territórios ocupados. Além disso,
serão levantadas parte das restrições para o tráfego entre cidades
palestinas e para a entrada de trabalhadores palestinos em Israel.
Cerca de cem prisioneiros palestinos devem ser libertados.
O anúncio das medidas, que fazem parte das obrigações de Israel
na primeira fase do novo plano de
paz para o Oriente Médio, acontece dias antes da cúpula de paz em
Ácaba (Jordânia), que reunirá, na
quarta-feira, o presidente dos
EUA, George W. Bush, Sharon e o
premiê palestino, Abu Mazen.
O plano de paz, proposto por
EUA, União Européia, ONU e
Rússia, deve culminar na criação
de um Estado palestino em 2005.
"Teremos um período complicado adiante. Não devemos tocar
em temas que não serão discutidos agora. Precisamos ficar unidos para alcançarmos os nossos
resultados. Se agirmos assim, poderemos ter segurança e paz", disse o premiê para o seu gabinete.
Membros mais direitistas de seu
ministério têm feito duras criticas
às concessões que Sharon está
anunciando aos palestinos.
Os assentamentos ilegais são
construídos à revelia do governo
israelense, diferentemente das colônias consideradas legais por Israel. Para os palestinos e a lei internacional, todos os assentamentos judaicos em Gaza e Cisjordânia são considerados ilegais.
Cerca de 3.500 palestinos entraram em Israel ontem para trabalhar a partir da faixa de Gaza. Na
Cisjordânia, entre 3.500 e 5.000
trabalhadores puderam entrar
em Israel. O Ministério da Defesa
de Israel afirmou que cerca de 25
mil palestinos devem receber permissão de trabalho em Israel. Antes da Intifada (revolta palestina
iniciada em setembro de 2000), o
número era de 120 mil e representava importante fonte de renda
aos palestinos.
O ministro do Trabalho palestino, Ghassan Khatib, disse que os
gestos israelenses têm pouco impacto na vida dos palestinos.
Cessar-fogo
Os palestinos, por sua vez, tentam negociar um cessar-fogo com
os grupos terroristas. O presidente da ANP (Autoridade Nacional
Palestina), Iasser Arafat, disse que
o Hamas pode anunciar uma trégua nos ataques nos próximos
dias. Mazen já havia feito declaração similar. Mas tanto os EUA
quanto Israel exigem que os palestinos cumpram o que está previsto no plano de paz: a ANP deve
desmantelar os grupos terroristas, confiscar suas armas e deter
seus membros. Analistas afirmam que uma ação nesse sentido
poderia causar uma guerra civil
entre os palestinos.
Forças israelenses mataram um
adolescente e um palestino armado em choques separados na faixa
de Gaza ontem.
Com agências internacionais
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