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GUERRA SEM LIMITES
Al Qaeda não teria autorizado operação
Réu americano é acusado pelos EUA de querer usar "bomba suja"
DA REDAÇÃO
O americano de origem porto-riquenha Jose Padilla sugeriu à Al
Qaeda a realização, nos EUA, de
um atentado com uma bomba
nuclear improvisada, porém um
líder da rede terrorista -de Osama bin Laden- se mostrou pessimista quanto à possibilidade de
ele conseguir fazê-lo e, em vez disso, lhe deu como missão a explosão de imóveis residenciais, segundo disse ontem o Departamento da Justiça dos EUA.
O órgão divulgou informações
sobre o caso de Padilla num momento em que a Suprema Corte
dos EUA se prepara para decidir
se ele e outros cidadãos americanos podem ficar detidos indefinidamente em prisões militares
americanas sem contar com as
proteções tradicionais previstas
no sistema legal do país.
Padilla ainda não foi acusado
formalmente de nenhum crime,
mas já está detido numa prisão
militar do Estado da Carolina do
Sul há cerca de dois anos. James
Comey, vice-secretário da Justiça,
disse que o fato de as informações
sobre Padilla terem sido divulgadas ontem não fora planejado.
Comey negou que a divulgação
das informações tivesse ligação
com as críticas sofridas pelo secretário da Defesa, John Ashcroft,
na semana passada. Ashcroft foi
criticado por lançar um alerta vago sobre a possibilidade da ocorrência de um atentado da Al Qaeda nos próximos meses.
Segundo as informações divulgadas ontem, Mohammed Atef,
um conhecido líder da Al Qaeda,
sugeriu a Padilla, em julho ou
agosto de 2001, que participasse
de "uma operação para explodir
imóveis residenciais com gás natural". Padilla aceitou a missão,
segundo o Departamento da Justiça dos EUA.
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