São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GUERRA SEM LIMITES

Al Qaeda não teria autorizado operação

Réu americano é acusado pelos EUA de querer usar "bomba suja"

DA REDAÇÃO

O americano de origem porto-riquenha Jose Padilla sugeriu à Al Qaeda a realização, nos EUA, de um atentado com uma bomba nuclear improvisada, porém um líder da rede terrorista -de Osama bin Laden- se mostrou pessimista quanto à possibilidade de ele conseguir fazê-lo e, em vez disso, lhe deu como missão a explosão de imóveis residenciais, segundo disse ontem o Departamento da Justiça dos EUA.
O órgão divulgou informações sobre o caso de Padilla num momento em que a Suprema Corte dos EUA se prepara para decidir se ele e outros cidadãos americanos podem ficar detidos indefinidamente em prisões militares americanas sem contar com as proteções tradicionais previstas no sistema legal do país.
Padilla ainda não foi acusado formalmente de nenhum crime, mas já está detido numa prisão militar do Estado da Carolina do Sul há cerca de dois anos. James Comey, vice-secretário da Justiça, disse que o fato de as informações sobre Padilla terem sido divulgadas ontem não fora planejado.
Comey negou que a divulgação das informações tivesse ligação com as críticas sofridas pelo secretário da Defesa, John Ashcroft, na semana passada. Ashcroft foi criticado por lançar um alerta vago sobre a possibilidade da ocorrência de um atentado da Al Qaeda nos próximos meses.
Segundo as informações divulgadas ontem, Mohammed Atef, um conhecido líder da Al Qaeda, sugeriu a Padilla, em julho ou agosto de 2001, que participasse de "uma operação para explodir imóveis residenciais com gás natural". Padilla aceitou a missão, segundo o Departamento da Justiça dos EUA.


Texto Anterior: África do Sul: Mandela anuncia retirada da vida pública para ficar com a família
Próximo Texto: Venezuela: Chávez acusa oposição de fraudar assinaturas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.