DA REDAÇÃO

O presidente George W. Bush afirmou em entrevista na TV, ontem de manhã, que o governo americano está se empenhando no maior esforço de ajuda humanitária de sua história para socorrer as vítimas do furacão Katrina.
Para financiar apenas "as primeiras semanas" desse esforço, Bush pediu a líderes do Congresso US$ 10,5 bilhões.
"Eu entendo perfeitamente que as pessoas queiram as coisas para ontem", disse Bush, "mas eu quero que elas saibam que há muita ajuda a caminho".
Na entrevista, veiculada pela rede ABC, o presidente dos EUA afirmou também que a cidade de Nova Orleans "foi mais devastada do que Nova York", fazendo uma comparação entre a situação atual na cidade do Estado da Louisiana e as conseqüências dos atentados do 11 de Setembro.
Além de defender "tolerância zero" para as pessoas que estão se aproveitando da situação caótica para saquear lojas, Bush respondeu às críticas que recebeu por ter deixado seu rancho no Texas, onde passava férias, só anteontem. Críticas como a de editorial do jornal "New York Times", que acusou o presidente de responder com atraso às exigências da situação e de não demonstrar a liderança necessária, além de afirmar que seu discurso de anteontem, em que descreveu alguns dos itens da ajuda que estava sendo providenciada, era "mais apropriado para o Dia da Árvore".
"Eu espero que as pessoas não façam joguinho político agora", disse Bush. "Isso é um desastre natural e uma situação de emergência nacional. E o que nós precisamos fazer, como nação, é nos unir para resolver o problema, e não fazer jogo político."
Mais tarde, a Casa Branca anunciou que Bush pretende sobrevoar em um helicóptero a costa dos Estados do Alabama e do Mississippi, e descerá em alguns pontos específicos. O mesmo acontecerá em Nova Orleans.

Campanha
Além disso, de acordo com Scott McClelan, secretário de Imprensa da Casa Branca, o presidente americano pediu ao seu pai e ao ex-presidente democrata Bill Clinton que liderem uma campanha de arrecadação de fundos para as vítimas do Katrina. Bush pai e Clinton conduziram um empreendimento semelhante para ajudar as vítimas do tsunami que atingiu o sudeste asiático em 2004, atendendo a pedido também feito por George W. Bush.