São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2005

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TERROR EM LONDRES

Mohammed Khan, que morreu no atentado de 7 de julho, disse lutar pelo islã contra democracias

Em vídeo, terrorista de Londres invoca Bin Laden

DA REDAÇÃO

Um dos quatro terroristas responsáveis pelos atentados de 7 de julho último, em Londres, gravou em vídeo uma mensagem invocando o nome de Osama bin Laden e alertando que haveria mais ataques se não cessassem as "atrocidades" cometidas contra os muçulmanos.
O britânico de origem paquistanesa Mohammed Sidique Khan, 30, afirmou na fita levada ao ar pela rede de TV árabe Al Jazira que ele e milhares de outros estavam comprometidos com a defesa do islã contra a violência dos "governos eleitos democraticamente".
"Até que nos sintamos seguros, vocês serão nossos alvos. Nós estamos em guerra e eu sou um soldado", disse o jovem responsável pela explosão de uma das quatro bombas que deixaram um saldo de 52 mortos -além dos quatro terroristas- na capital britânica.
Não se sabe ao certo quanto tempo antes do atentado a fita foi gravada nem onde isso foi feito.
Ao menos dois grupos ligados à rede terrorista Al Qaeda, de Bin Laden, já reivindicaram a responsabilidade pelos atentados em um ônibus e três vagões do metrô londrinos.
A polícia do Reino Unido acredita que Khan era o líder do grupo de terroristas, que incluía três outros britânicos, dois de origem paquistanesa e um jamaicano.
A fita de Mohammad Khan foi ao ar pouco antes de a mesma Al Jazira ter veiculado um outro teipe, de Ayman al Zawahri, braço direito de Osama bin Laden na Al Qaeda.
No vídeo, Al Zawahri diz que os atentados de 7 de julho foram "um tapa na cara" do premiê do Reino Unido, Tony Blair, e que mais ataques como aquele acontecerão em países ocidentais que participaram das guerras que os EUA lideraram no Iraque e no Afeganistão.

Conservadores e trabalhistas
Um outro ataque, político, ao trabalhista Tony Blair partiu ontem de um dos líderes do partido que faz oposição ao seu, o Conservador. O ex-ministro das Finanças Kenneth Clarke criticou a participação do Reino Unido na Guerra do Iraque.
Segundo Clarke -uma exceção entre os conservadores, que apoiaram a participação britânica no conflito no Oriente Médio-, "a decisão desastrosa de invadir o Iraque fez do Reino Unido um lugar mais perigoso".


Com agências internacionais

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