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Villepin abre convenção com apelo por união
Premiê francês compete com ministro Nicolas Sarkozy para disputar a Presidência pela UMP, de direita
DA REDAÇÃO
Na abertura ontem da convenção de três dias da União
para um Movimento Popular
(UMP), o premiê francês, Dominique de Villepin, fez um
apelo para que seu partido se
una em tempo para as eleições
presidenciais de 2007.
Um dos mais fortes candidatos à Presidência da UMP até o
ano passado, quando os protestos estudantis nos subúrbios
franceses derrubaram sua popularidade, Villepin enfrenta o
ministro do Interior, Nicolas
Sarkozy, na batalha dentro da
legenda pela indicação.
Apesar do favoritismo de
Sarkozy, porém, Villepin deixou em aberto a possibilidade
de manter de sua candidatura.
"Esse é meu compromisso:
nossa família estará unida para
as eleições do ano que vem",
disse Villepin na reunião em
Marselha. "Sabemos o preço
das divisões e já pagamos caro
por isso. Hoje sabemos melhor
que qualquer um que nos momentos importantes devemos
nos unir." O premiê insistiu
que não tem uma má relação
com Sarkozy, a quem chamou
de "enérgico, determinado e
corajoso". "Compartilhamos a
mesma ambição."
Já para o atual presidente,
Jacques Chirac, 73, as chances
de um terceiro mandato após
mais de uma década no poder
são mínimas.
Sarkozy fecha a convenção
no domingo com um discurso
sobre ecologia e juventude, em
um esforço para alavancar sua
candidatura em outras áreas
que não a de segurança.
Internamente, ele conta com
o apoio do chamado bloco "sarkozista", que inclui os ministros Jean-François Cope (Orçamento), Dominique Perben
(Transportes), Renaud Dutreil
(Funcionalismo Público) e outros, segundo o "Le Monde".
Em uma entrevista à revista
do jornal "Le Figaro", o ministro falou pela primeira vez de
temas como o casamento gay,
dizendo-se contrário tanto à
união quanto à adoção de
crianças por casais do mesmo
sexo.
"Crianças precisam de um
pai e de uma mãe", afirmou
Sarkozy. "Por outro lado, sou
profundamente hostil a qualquer tipo de discriminação. Devemos portanto criar um sistema que nos níveis fiscal, patrimonial e de herança garanta
igualdade entre casais homossexuais e heterossexuais."
Sarkozy também não poupou
críticas a Ségolène Royal, apontada como candidata favorita
socialista. "A contribuição da
senhora Royal ao debate de
idéias é próxima do zero", disse.
Mas afirmou: "qualquer que seja o candidato socialista, será
perigoso".
Segundo pesquisa publicada
pelo jornal "Le Parisien", o
apoio a Royal caiu depois da
convenção do Partido Socialista em La Rochelle, no fim de semana passado, apesar de seguir
alto. Consideraram que ela seja
a melhor candidata da oposição
47% dos entrevistados. Antes,
eram 54%.
Com agências internacionais
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