JULIANA CARPANEZ
DA FOLHA ONLINE

O brasileiro Gustavo Carvalho, 22, só soube das explosões de ontem em Bali, onde passa férias, horas depois. Um passeio o manteve longe do foco das bombas.
Há um ano e meio ele mora na Austrália, onde estuda hotelaria, e ao fechar o roteiro da viagem não considerou a hipótese de atentados -em 2002, um ataque em uma boate matou 202.
"Tinha sido avisado para não ir a danceterias freqüentadas por australianos ou fazer passeios com pessoas desta nacionalidade. Aqui os australianos são alvo", disse.
Carvalho soube das explosões ao voltar de um passeio na ilha de Nusa Lembongan com a namorada. Quando saiu para jantar, notou um "movimento estranho" em Kuta, onde está hospedado.
"Os estabelecimentos haviam fechado muito cedo, e, então, me contaram o que houve. Os moradores falaram para voltarmos ao hotel, mas eles ficaram nas ruas, ajudando autoridades."
Carvalho, que volta amanhã à Austrália, deve passar o domingo no hotel. "Minha viagem foi muito boa. Quero que continue assim."

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