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Para Lula, ação
contra colega
foi "burrice"
GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES
O presidente Lula chamou de "burrice" a rebelião
no Equador e disse que "os
golpistas" já devem estar
"arrependidos". Em evento
na Grande São Paulo, ele
disse que conversou por telefone com Rafael Correa e
que "não há, no mundo,
quem concorde com golpe".
O rechaço do presidente
reforçou a posição do Brasil
diante do caso, que foi
"condenado energicamente" e chamado de "tentativa
de golpe" pelos membros
da Unasul (União de Nações
Sul-Americanas).
O bloco realizou uma reunião presidencial de urgência na madrugada de ontem, em Buenos Aires, e pediu que "os responsáveis
pela revolta golpista sejam
julgados e condenados".
O encontro reuniu os presidentes de Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia,
Bolívia, Peru e Uruguai,
além do secretário-geral da
Unasul, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner.
Lula não viajou por causa
das eleições e o presidente
do Paraguai, Fernando Lugo, cancelou sua presença
por conta de crise alérgica.
O bloco advertiu que, em
caso de nova quebra da ordem institucional, as fronteiras do Equador serão fechadas e haverá interrupção no comércio e no fornecimento de energia.
A Unasul também decidiu enviar chanceleres para
respaldar Correa. O Brasil
foi representado pelo secretário-geral do Itamaraty,
Antonio Patriota.
Segundo analistas, a reação rápida e unânime do
bloco demonstra maior sintonia entre os governos, que
conseguiram superar diferenças ideológicas em defesa da estabilidade regional.
Colaborou DANIELA LIMA , de São Paulo
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