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Turquia é o 1º
país islâmico a
enviar soldados
DA REDAÇÃO
A Turquia se tornou ontem o
primeiro país islâmico a tomar a
decisão de contribuir militarmente na campanha militar liderada
pelos Estados Unidos no território afegão.
Um força especial composta
por 90 homens será enviada para
o norte do Afeganistão, na região
controlada pela Aliança do Norte,
opositora do regime extremista
Taleban, que domina a maior parte do país.
O governo da Turquia, único
país muçulmano a integrar a Otan
(aliança militar ocidental, liderada pelos EUA), afirmou que as
tropas terão como função combater o terrorismo, treinar os opositores afegãos e participar de ações
humanitárias. Segundo o premiê
Bulent Ecevit, "é preciso remover
o Taleban do poder".
O regime afegão está sendo alvo
dos ataques liderados pelos norte-americanos por estar dando guarida ao saudita Osama bin Laden
e a sua rede terrorista, a Al Qaeda,
acusados de envolvimento nos
atentados do dia 11 de setembro
contra os EUA.
Pelo menos 20 soldados já estariam sendo enviados este fim de
semana para a região, onde farão
os primeiros contatos com opositores afegãos e forças dos EUA baseadas na área.
Experientes
A presença dos soldados turcos
não será importante apenas pelo
caráter simbólico de eles serem
muçulmanos em uma ação militar comandada por um país ocidental contra um país islâmico.
Combatentes experientes, os
turcos são acostumados a operações em terrenos montanhosos,
semelhantes aos do Afeganistão,
pois se confrontam há mais de 15
anos com os separatistas curdos
na Turquia. A região de maioria
curda no país está localizada em
uma zona montanhosa, no sudeste do território turco.
Laços
Outra vantagem dos turcos está
na laços étnicos muito próximos
dos uzbeques, uma das etnias que
controlam a Aliança do Norte. A
outra é a tadjique. Tanto o Afeganistão como o Taleban são majoritariamente pashtus.
A decisão do governo turco de
se envolver militarmente no conflito acontece um dia após o premiê Ecevit ter afirmado que não
havia nenhuma decisão do país
no sentido de apoiar militarmente os norte-americanos.
Com agências internacionais
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