DA REDAÇÃO

Com os dois aeroportos de Bancoc tomados pelos manifestantes contra o governo, uma base aérea usada pelos EUA na Guerra do Vietnã e que só recebia vôos fretados ultimamente, virou a principal porta de saída da Tailândia. É o aeroporto de U-Tapao, alternativa considerada inclusive pelos cerca de 150 brasileiros que planejam deixar Bancoc.
Um deles, engenheiro que está na Tailândia a trabalho, escreveu e-mail ontem para seus familiares em que descreve a dificuldade de voar por lá. "Há um único detector de metais, você faz o check in com cinco horas de antecedência (mas só sabe se embarca na hora H), não sem passar por mais de seis horas na loja da Thai Airways."
Foi em U-Tapao, situado a 140 km de Bancoc, que desceram ontem dois aviões militares mandados pelo governo espanhol para resgatar mais de 200 de seus cidadãos.
Enquanto o Reino Unido pressiona o governo tailandês por mais ênfase no auxílio aos britânicos que querem sair, Austrália e França anunciaram fretamentos de aeronaves. A última hipótese não foi descartada pelo Itamaraty, segundo sua assessoria de imprensa.
A entidade informou o número de pessoas com quem a Embaixada do Brasil em Bancoc está em contato e relatou que tem prestado assistência, como interceder para ampliar prazos de hospedagem e buscar rotas para deixarem a cidade.
Conforme o relato do engenheiro, que destaca não ter visto nenhuma cena de violência, está prevista para hoje nova reunião dos "ilhados" na capital tailandesa com diplomatas. Ele disse que há dificuldade no fretamento de um vôo, pois os brasileiros têm destinos variados saindo de Bancoc.
Além de U-Tapao, a alternativa para deixar o país é o aeroporto internacional de Phuket, a cerca de 840 km de distância de Bancoc e que também já foi ocupado pelos manifestantes da APD, em setembro.
Para ajudar na evacuação, a Singapore Airlines anunciou ontem 13 vôos além dos quatro ou cinco que opera diariamente entre Cingapura e Phuket.


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