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Primeiro casamento gay da América Latina é suspenso na Argentina
DA REDAÇÃO
Militantes homossexuais
protestaram ontem, em
Buenos Aires, contra a suspensão daquele que seria o
primeiro casamento gay da
América Latina.
Alex Freyre, 39, e José María Di Bello, 41, haviam obtido autorização para a união
por uma via incomum. Em
vez de buscarem a Justiça civil, onde causas iguais caminham com lentidão, buscaram um tribunal portenho
de causas administrativas.
Resultado: uma juíza declarou inconstitucionalidade de dois artigos do Código
Civil argentino, que condiciona o casamento ao "consentimento de duas pessoas
de sexos diferentes".
A abertura do caminho para o casamento ensejou críticas da Igreja e de entidades
civis católicas, até que uma
dessas contestações foi aceita pela Justiça, a um dia da
celebração de Freyre e Di
Bello. Uma juíza federal da
área cível declarou, em liminar (decisão provisória), a
"nulidade da coisa julgada".
O conflito de competência
entre as Justiças federal e
portenha levou o caso à Corte Suprema. Até lá, Freyre e
Di Bello, portadores do vírus
HIV, não poderão registrar a
união que haviam marcado
para ontem, Dia Mundial de
Luta Contra a Aids.
"Imaginávamos que a Justiça funcionaria de maneira
democrática, mas isso indica
que está conduzida por um
grupo que pode conseguir,
em tempo recorde, decisões
que levariam meses", afirmou ontem Freyre.
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