DA REDAÇÃO

Um incêndio em um hotel, situado em Harbin (nordeste da China), matou ontem ao menos 33 pessoas. O acidente ocorreu às 18h (horário local), quando os chineses ainda comemoravam o primeiro dia do Ano Novo chinês.
Segundo a agência oficial de notícias chinesa, Xinhua, ainda não se sabe o que provocou o incêndio nem se as vítimas, que estavam no hotel Tiantan, em Harbin (capital da Província de Heilongjiang), morreram asfixiadas ou por causa das queimaduras.
Dez pessoas ficaram feridas, mas não correm risco de vida.
Após o incêndio, que foi debelado em 20 minutos, a Prefeitura de Harbin ordenou uma inspeção de segurança em toda a cidade.
Um funcionário do Corpo de Bombeiros de Harbin afirmou à agência France Presse que todos os hóspedes do hotel haviam sido retirados do local e que, até então, era difícil precisar um número definitivo de mortos.
Localizada perto da fronteira com a Rússia, à margem do rio Songhua e a 1.300 km de Pequim, Harbin tem cerca de 9 milhões de habitantes e é uma das cidades mais frias do país.
Na semana passada, as temperaturas estavam abaixo de 20 graus Celsius negativos. A cidade estava comemorando a chegada do Ano Novo lunar, o mais importante feriado chinês.
Além disso, ruas e hotéis de Harbin estavam cheios de turistas que tinham ido assistir ao tradicional Festival da Lanterna de Gelo, famoso por suas enormes esculturas feitas de neve e gelo.
Nos últimos anos, a China vem sendo assolada por grandes incêndios, o que fez com que o governo prometesse grandes reformas de segurança. Segundo fontes oficiais, mais de 1.300 pessoas morreram em incêndios na segunda metade de 2002.
Em dezembro de 2000, um incêndio numa discoteca em Luoyang matou 309 pessoas.
À época, os investigadores do caso atribuíram o alto índice de vítimas a uma falha nas saídas de emergência; 23 pessoas foram responsabilizadas pelo acidente e sentenciadas a mais de 13 anos de prisão.
No verão passado, uma corte chinesa sentenciou dois jovens a cumprir pena de prisão perpétua. Eles foram acusados de incendiar um cibercafé, causando a morte de 25 pessoas.