São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011

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REVOLTA ÁRABE

Grupos pró-ditador atacam multidão

Facção pró-Mubarak tenta tirar manifestantes de praça, que reagem; violência deixou 3 mortos e 1.500 feridos

Ben Curtis/Associated Press
Grupos contrário e favorável ao ditador egípcio, Hosni Mubarak, atacam-se na praça Tahrir, no centro do Cairo, capital do país

SAMY ADGHIRNI ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Tahrir, praça-símbolo da revolta no Egito, foi palco ontem da maior batalha até aqui entre forças pró e contra o ditador Hosni Mubarak. Houve pelo menos três mortos e 1.500 feridos.
O tumulto começou com a invasão do local por milhares de apoiadores de Mubarak, muitos deles policiais em trajes civis. A cavalo ou camelo, avançaram sobre a multidão acampada utilizando porretes e chicotes. Os opositores reagiram atirando pedras.
Quando escureceu, coquetéis molotov foram atirados, alguns deles perto do Museu Egípcio, que abriga tesouros do tempo dos faraós.
Pela primeira vez, a imprensa virou alvo das forças leais a Mubarak. Jornalistas foram agredidos, e quartos em hotéis, invadidos, inclusive o do repórter da Folha.
Os EUA aumentaram a pressão sobre Mubarak, pedindo sua saída "para ontem". No Iêmen, o ditador local, Ali Abdullah Saleh, prometeu deixar o poder -mas só em 2013.


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