São Paulo, Quarta-feira, 03 de Fevereiro de 1999
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COMENTÁRIO
Brasil cresce no plano externo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília

A designação de Celso Amorim para presidir as comissões do Conselho de Segurança da ONU para o Iraque é outra evidência do papel mais relevante que o Brasil tem tido no cenário internacional graças à agressiva política de relações exteriores do governo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso tem gosto pelo assunto e grandes ambições para o país nessa área, como sua inclusão no Conselho de Segurança como membro permanente.
No seu mandato, o Brasil participou das forças de paz da ONU em Angola, ajudou a promover o acordo de paz entre Peru e Equador, tem atuado nas negociações para conflitos em Guiné-Bissau e Timor Leste.
Além disso, o país tem tido papel decisivo na afirmação do Mercosul.
Nas conversações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o Brasil divide com os EUA a liderança das iniciativas mais importantes. Está à frente, ainda, do processo de aumento do intercâmbio econômico entre União Européia e América do Sul (será sede da cúpula dos dois blocos, em junho).
FHC fez 42 visitas a outros países em quatro anos e um mês de governo. Graças a essas viagens, as relações bilaterais do Brasil com esses países se intensificaram.
Eventuais sucessos das comissões presididas por Amorim darão ainda maior visibilidade ao Brasil na comunidade internacional.
Com isso, o país estará com melhores credenciais para reivindicar uma das novas vagas permanentes no Conselho de Segurança que deverão ser criadas nos próximos anos, na reformulação da ONU.


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