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França reitera oposição à proposta americana, mas evita falar em veto
DA REDAÇÃO
O chanceler francês, Dominique de Villepin, disse ontem que a
França vai se opor a uma resolução do Conselho de Segurança da
ONU que endosse uma guerra
contra o Iraque, proposta pelos
EUA e pelo Reino Unido, mas não
usou a palavra veto.
"Precisamos de uma segunda
resolução? Não. Vamos nos opor
a uma segunda resolução? Sim,
assim como os russos e muitos
outros países", disse De Villepin.
O presidente da França, Jacques
Chirac, reafirmou ontem crer que
haja uma "alternativa à guerra",
mas disse ser "indispensável" para a paz que o Iraque coopere integralmente com a ONU.
O presidente russo, Vladimir
Putin, voltou a afirmar ontem que
a Rússia está disposta a vetar a
proposta americana e britânica, e
o chanceler Igor Ivanov disse,
após falar pelo telefone com Villepin e o ministro das Relações Exteriores alemão, Joshcka Fisher,
que a posição dos três países
-que defendem a continuidade
das inspeções da ONU- permanecia sendo a mesma.
França e Rússia, assim como
EUA e Reino Unido, têm poder de
veto no Conselho de Segurança da
ONU. A China, o quinto país com
esse direito, também têm defendido um prazo maior para o trabalho dos inspetores de armas.
Alguns analistas crêem que,
apesar de sua oposição, os três
países dificilmente irão vetar a
proposta dos EUA e do Reino
Unido -que afirma que o Iraque
não cumpriu suas obrigações para com a ONU e, na prática, significa um aval à guerra-, já que um
veto significaria um rompimento
gravíssimo com Washington.
Acreditando nisso, americanos
e britânicos têm feito uma intensa
campanha para convencer todos
os membros temporários do conselho a aprovarem a proposta.
Com agências internacionais
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