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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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França reitera oposição à proposta americana, mas evita falar em veto

DA REDAÇÃO

O chanceler francês, Dominique de Villepin, disse ontem que a França vai se opor a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que endosse uma guerra contra o Iraque, proposta pelos EUA e pelo Reino Unido, mas não usou a palavra veto.
"Precisamos de uma segunda resolução? Não. Vamos nos opor a uma segunda resolução? Sim, assim como os russos e muitos outros países", disse De Villepin.
O presidente da França, Jacques Chirac, reafirmou ontem crer que haja uma "alternativa à guerra", mas disse ser "indispensável" para a paz que o Iraque coopere integralmente com a ONU.
O presidente russo, Vladimir Putin, voltou a afirmar ontem que a Rússia está disposta a vetar a proposta americana e britânica, e o chanceler Igor Ivanov disse, após falar pelo telefone com Villepin e o ministro das Relações Exteriores alemão, Joshcka Fisher, que a posição dos três países -que defendem a continuidade das inspeções da ONU- permanecia sendo a mesma.
França e Rússia, assim como EUA e Reino Unido, têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. A China, o quinto país com esse direito, também têm defendido um prazo maior para o trabalho dos inspetores de armas.
Alguns analistas crêem que, apesar de sua oposição, os três países dificilmente irão vetar a proposta dos EUA e do Reino Unido -que afirma que o Iraque não cumpriu suas obrigações para com a ONU e, na prática, significa um aval à guerra-, já que um veto significaria um rompimento gravíssimo com Washington.
Acreditando nisso, americanos e britânicos têm feito uma intensa campanha para convencer todos os membros temporários do conselho a aprovarem a proposta.


Com agências internacionais


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