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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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MULTIMÍDIA

EUA grampeiam Conselho de Segurança

THE OBSERVER - de Londres

REINO UNIDO - Os EUA estão conduzindo uma campanha escusa contra delegações do Conselho de Segurança da ONU como parte da batalha para conseguir votos a favor da guerra contra o Iraque, segundo o jornal britânico "The Observer". O semanário afirma ter tido acesso a documentos com detalhes de uma operação agressiva de vigilância que inclui a intercepção de e-mails e o grampeamento de telefones pessoais e profissionais de delegados da ONU em Nova York.
A descoberta foi feita em um memorando escrito por um oficial de alto escalão da Agência de Segurança Nacional americana -o órgão dos EUA que intercepta redes de comunicação ao redor do mundo. O documento descreve ordens a funcionários da agência, cujo trabalho é repleto de segredos, para darem início a operações "particularmente voltadas a membros do Conselho de Segurança da ONU (exceto EUA e Reino Unido, é claro)" para informar os assessores do presidente George W. Bush a respeito das intenções de voto desses membros no que concerne à questão do Iraque.
De acordo com "The Observer", as informações reveladas pelo memorando deixam claro que o alvo de tais esforços são as delegações de Angola, Camarões, México, Guiné e Paquistão e que há interesse não só em como elas votarão como também nas negociações, alianças e dependências -tudo o que possa dar vantagem a estrategistas americanos na obtenção de um resultado favorável para os EUA. Datado de 31 de janeiro de 2003, o documento circulou quatro dias depois que o chefe de inspeção de armas da ONU, o sueco Hans Blix, reportou que o Iraque estaria cumprindo a resolução 1441. Blix deve entregar um último relatório sobre o Iraque nesta sexta-feira.


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