DA REDAÇÃO

Um juiz federal conferiu ontem a três suspeitos de terrorismo detidos na base americana de Bagram, no Afeganistão, o direito de questionarem seu encarceramento na Justiça comum americana.
Ele contraria assim os argumentos do governo de George W. Bush, que foram repetidos na gestão Barack Obama.
A despeito de a Suprema Corte dos EUA ter decidido, em junho do ano passado, que os presos na "guerra ao terror" confinados na base militar de Guantánamo (Cuba) têm direito de recorrer à Justiça comum, o governo sustentava que o mesmo não valia para Bagram.
Nas 53 páginas de sua decisão, o juiz John Bates refutou essa tese. Segundo ele, os casos dos três detentos da prisão afegã são "virtualmente idênticos" aos dos presos de Guantánamo. Logo, eles têm as garantias que a Suprema Corte assegurou aos confinados na base em Cuba.