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Hillary elogia fim de
mutilação feminina
das agências internacionais
A primeira-dama dos EUA, Hillary Clinton, elogiou ontem os habitantes de um povoado do Senegal por terem iniciado um movimento para acabar com a clitoridectomia, a extirpação do clitóris
em meninas.
Hillary se reuniu em Dacar com
moradores de Malicunda, um povoado de 2.000 habitantes a 160
km da capital.
"Não foi fácil para as mulheres e
os homens, que se uniram para se
opor a um antigo costume", disse.
As mulheres de Malicunda decidiram há dois anos parar de submeter as meninas do povoado ao
corte do clitóris. A decisão foi
apoiada pelos homens, que passaram a fazer uma campanha alertando para os problemas de saúde
causados pela prática.
O corte do clitóris pode causar
dificuldades no parto, hemorragias e até a morte. Estima-se que
20% das meninas senegalesas ainda sejam submetidas à operação,
geralmente feita sem anestesia.
Desde o início da campanha em
Malicunda, outros dez povoados
do país aderiram.
A prática é uma tradição em vários países africanos, onde mulheres seriam consideradas "sujas" e
teriam dificuldade em se casar
sem fazer a clitoridectomia.
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