São Paulo, sexta, 3 de abril de 1998

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Hillary elogia fim de mutilação feminina

das agências internacionais

A primeira-dama dos EUA, Hillary Clinton, elogiou ontem os habitantes de um povoado do Senegal por terem iniciado um movimento para acabar com a clitoridectomia, a extirpação do clitóris em meninas.
Hillary se reuniu em Dacar com moradores de Malicunda, um povoado de 2.000 habitantes a 160 km da capital.
"Não foi fácil para as mulheres e os homens, que se uniram para se opor a um antigo costume", disse.
As mulheres de Malicunda decidiram há dois anos parar de submeter as meninas do povoado ao corte do clitóris. A decisão foi apoiada pelos homens, que passaram a fazer uma campanha alertando para os problemas de saúde causados pela prática.
O corte do clitóris pode causar dificuldades no parto, hemorragias e até a morte. Estima-se que 20% das meninas senegalesas ainda sejam submetidas à operação, geralmente feita sem anestesia.
Desde o início da campanha em Malicunda, outros dez povoados do país aderiram.
A prática é uma tradição em vários países africanos, onde mulheres seriam consideradas "sujas" e teriam dificuldade em se casar sem fazer a clitoridectomia.



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