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COMENTÁRIO
Ser SS é carregar um símbolo indelével
RODRIGO UCHÔA
da Redação
Consideradas ideologicamente
as mais adestradas e o maior símbolo do totalitarismo e da barbárie nazistas, as tropas SS, ao contrário do que dizem Haider e
Riess-Passer, exigiam de seus
membros fidelidade canina e iniciativa na implementação do terror. Ao fim da guerra, somavam
atrocidades de difícil paralelo na
história humana.
Criadas em 1925 para servir de
guarda pessoal de Adolf Hitler,
quando ele despontava na política
alemã, os nazistas as usaram como principal arma de intimidação nos países ocupados durante
a Segunda Guerra (1939-45) e como implementadoras da "solução
final do problema judaico".
Responsáveis pela instalação do
primeiro campo de concentração
para inimigos políticos, Dachau
(sul de Munique), as brigadas de
defesa ("Schützstaffel") eram inicialmente parte das SA -"Sturm
Abteilung" - tropas de ataque.
Essas SA eram destacamentos
que faziam a "segurança" dos encontros nazistas e criavam confusão nos comícios dos outros partidos. Em 1934, ano seguinte à indicação de Hitler para chanceler
(premiê), as SS assassinaram a liderança SA e ganharam estrutura
independente no partido.
Durante a guerra, formaram
grupos de combate independentes do Exército, as Waffen SS, e só
respondiam a Heinrich Himmler
e a Hitler. A guarda pretoriana de
280 membros em 1929 chegou a
240 mil dez anos depois -seriam
900 mil em 1945.
Fuzilamentos sumário nos países ocupados, fazer reféns entre
civis, fazer funcionar a máquina
genocida, administrar o trabalho
escravo, eficiência e adesão exemplares. Ser SS é carregar um símbolo tão indelével quanto os números tatuados nos braços dos
sobreviventes dos campos de
concentração e extermínio.
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