São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006

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Restrições são comuns em outros países ricos

DA REDAÇÃO

O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, não está sozinho ao propor medidas mais duras em relação à imigração. Muitos países europeus vêm adotando e discutindo regras semelhantes nos últimos anos, sob a alegação de que a segurança interna e a economia precisam de tais limitações. A Holanda, por exemplo, deixou de lado sua tradicional tolerância e passou a exigir que imigrantes estudem até 375 horas da língua e cultura nacionais para obter permissão para ficar.
A restrição afeta cidadãos de países pobres e foi uma resposta ao atentado cometido em 2004 por um militante de origem árabe contra o cineasta Theo van Gogh, que criou no país uma onda antiislâmica.
O Reino Unido discute um sistema de pontuação pelo qual as autoridades decidiriam que estrangeiros poderiam permanecer e por quanto tempo. O sistema deverá levar em consideração habilidades, qualificações e a idade.
A União Européia é um dos destinos preferenciais de estrangeiros que fogem de guerras, perseguições e catástrofes naturais. Mas as autoridades mostram-se cada vez mais preocupadas com a possibilidade de que alguns desses imigrantes tenham ligações com organizações e grupos terroristas.
"A UE está determinada em lutar contra a imigração ilegal e em prevenir abusos de um sistema instituído para acolher imigrantes "autênticos" e garantir a segurança dos seus próprios cidadãos", aponta um informe da UE de dezembro de 2005 que trata de "Justiça, Liberdade e Segurança".
Nos EUA, parlamentares republicanos conseguiram aprovar na Câmara dos Representantes um projeto que criminaliza os ilegais. A iniciativa gerou manifestações em cadeia de trabalhadores estrangeiros e deverá passar por alterações no Senado.


Com agências internacionais


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