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Missa lembra um ano do sumiço da pequena Madeleine
Oficialmente suspeitos, pais pressionam Europa a adotar alerta continental sobre o desaparecimento de crianças
McCann lançam serviço telefônico internacional para receber informações; campanha mundial foi incapaz de resolver mistério
DA REDAÇÃO
Um ano após seu desaparecimento, a garotinha britânica
Madeleine McCann, que sumiu
às vésperas de completar 4
anos, será lembrada hoje com
missa e vigília na Praia da Luz,
em Portugal, onde foi vista pela
última vez. "Não temos mais
informações hoje do que tínhamos há um ano", reconheceram os pais, os médicos Gerry e
Kate, em numerosas entrevistas que marcam o aniversário
do sumiço que transformou as
férias da família em um drama
acompanhado mundialmente.
O casal lançou nesta semana
uma linha telefônica internacional para receber informações sobre o paradeiro de Madeleine. Eles pediram também
que as pessoas entrem em contato caso saibam de desdobramentos das buscas feitas pela
polícia portuguesa. Os McCann
têm status oficial de suspeitos
em Portugal e não têm sido informados sobre o andamento
das investigações. Embora tenham permissão para viajar a
Portugal, Gerry e Kate não irão
à missa da Praia da Luz. Um tio
da menina deve estar presente.
Supostamente alimentados
pelos policiais, a imprensa portuguesa e diversos tablóides ingleses publicaram centenas de
textos sobre o caso, alguns deles sugerindo que os McCann
eram responsáveis pela morte
de filha e por encobrir o caso.
Em abril, o "Daily Express" e
o "Daily Star" pediram desculpas ao casal. Após acordo extrajudicial, a empresa dona dos
jornais doou 500 mil libras (R$
1,8 milhão) ao fundo para encontrar Madeleine. O fundo financia uma campanha internacional permanente, mantêm
uma equipe de detetives dedicada ao caso e um serviço telefônico 24h. O dinheiro é usado
ainda para despesas da família.
Campanha mundial
A campanha dos McCann para encontrar Madeleine -que
desapareceu do quarto onde
dormia com os irmãos mais novos enquanto os pais jantavam
com amigos no restaurante do
hotel- movimenta milhões e já
teve o apoio de celebridades como o jogador de futebol David
Beckham e J. K. Rowling, autora da saga Harry Potter. O papa
Bento 16 fez apelos pela menina e abençoou o casal.
Catherine Meyer, presidente
da ONG britânica Parents and
Children Together diz que a
campanha tem sido "extremamente benéfica", por chamar a
atenção para o desaparecimento de milhares de outras crianças. No mês passado, o casal pediu ao Parlamento Europeu
que adote procedimentos-padrão de alerta sobre o desaparecimento de crianças no continente, como já é feito nos
EUA. O "código Amber" foi
adotado após a morte de Amber
Hagerman, 9, em 1996. Informações que poderiam ter ajudado a localizar a criança minutos após o seqüestro não foram
divulgadas imediatamente.
Com agências internacionais
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