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Potências pedem que Israel saia de terras de palestinos na Cisjordânia
ONU, Rússia, União Européia e EUA também exortam árabes a ajudar a ANP
DA REDAÇÃO
O chamado Quarteto para o
Oriente Médio -União Européia, Rússia, Estados Unidos e
Nações Unidas- apelou para
que Israel congele os planos de
novos assentamentos na Cisjordânia e desmantele aqueles
construídos a partir de maio de
2001, como forma de evitar o
colapso das negociações de paz
com os palestinos.
O grupo também exortou Israel a desbloquear os acessos à
faixa de Gaza, controlada pelo
grupo radical islâmico Hamas.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou em Londres, onde o grupo
se reuniu, que é verossímil a
possibilidade de criação de um
Estado palestino antes que o
presidente George W. Bush encerre seu segundo mandato na
Casa Branca, em 20 de janeiro.
"Sei que há um trabalho árduo a ser feito e também que há
certo ceticismo, mas creio que
há uma chance de se chegar a
um acordo", afirmou.
A atual tentativa de solução
foi esboçada em novembro, sob
pressão americana, em Annapolis (EUA), mas pressupõe
concessões de dois governantes
politicamente enfraquecidos, o
primeiro-ministro israelense,
Ehud Olmert, e o presidente da
Autoridade Nacional Palestina,
Mahmoud Abbas.
Palestinos quebrados
O Quarteto também exortou
os países árabes a cumprirem
os compromissos de ajuda financeira assumidos com os palestinos. As quatro delegações
se encontraram ontem em
Londres com representantes
de Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Tunísia, Kuait e Emirados
Árabes Unidos. O "Financial
Times" informa que o Kuait fez
uma doação de US$ 80 milhões.
Como porta-voz da União
Européia, o chefe da diplomacia norueguesa, Jonas Gahr
Stoere, disse que as necessidades palestinas cresceriam no
segundo semestre.
Segundo estimativas americanas, dos US$ 717 milhões
prometidos por países da Liga
Árabe, apenas US$ 153 milhões
foram até agora entregues. Os
EUA e países europeus entregaram US$ 502 milhões dos
US$ 839 milhões planejados.
O Quarteto se declarou "profundamente preocupado" com
a deterioração das condições
em Gaza, economicamente isolada depois que o Hamas, vencedor das eleições legislativas
de 2006, expulsou do território
em 2007 os rivais do secular
Fatah, do premiê Abbas.
Ao pedir que Israel flexibilize
o embargo a Gaza -imposto
sob o argumento de que o Hamas apóia ações terroristas
contra civis israelenses-, o
Quarteto reforça a posição do
Egito, que há semanas tenta a
obtenção de uma trégua entre
os israelenses e o grupo radical
islâmico.
O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, ligado a Abbas e adversário do Hamas,
também estava em Londres e
lamentou que as negociações
com Israel estejam bloqueadas.
Afirmou que seu governo é
enfraquecido pelos assentamentos e que as ofensivas militares israelenses na Cisjordânia desmoralizam o governo ao
qual ele pertence.
Com agências internacionais
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