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ACIDENTE
MD-80 da American Airlines tentou pousar em Little Rock (Arkansas) durante tempestade; mais de 80 ficaram feridos
Avião derrapa na pista e 9 morrem nos EUA
RENATO FRANZINI
de Nova York
Um acidente com um avião da
companhia American Airlines ontem de madrugada no aeroporto
de Little Rock, Arkansas (EUA),
deixou 9 mortos (incluindo o piloto) e mais de 80 pessoas feridas, segundo autoridades locais.
Os sobreviventes disseram que o
avião derrapou na pista ao pousar
e começou a girar até atingir uma
torre de luz, quando a aeronave
pegou fogo e se dividiu em três
partes. A cauda foi parar a cerca de
300 m da pista, já na margem do
rio Arkansas.
A cabine ficou cheia de fumaça, e
chamas saíam de partes do avião.
Em pânico, os passageiros fugiram
pelas saídas de emergência e pelas
partes rachadas da fuselagem.
No momento do acidente, 1h46
de ontem em Brasília (23h46 de
terça-feira no horário local), uma
tempestade caía sobre a cidade,
com ventos de mais de 140 km/h.
Segundo a American Airlines, o
vôo 1420 vindo de Dallas (no vizinho Estado do Texas) deveria ter
chegado a Little Rock às 21h41 (horário local), mas foi atrasado devido a tempestades e tornados que
mataram pelo menos duas pessoas
na região. O avião, um Super MD-80, estava com 139 passageiros e 6
tripulantes.
Segundo a rede de TV CNN, 83
pessoas ficaram feridas e 51 não
precisaram de tratamento médico.
Outras duas pessoas não haviam
sido localizadas até o fechamento
desta edição.
Mas isso não significa que elas
estejam mortas. A maioria das pessoas que conseguiu sair da aeronave saiu do aeroporto sem dar notícias à companhia aérea.
Boba Baker, vice-presidente executivo da American Airlines, disse
que a companhia passou o dia tentando entrar em contato com as famílias. Ele afirmou que o piloto,
Richard Buschmann, estava na
empresa desde 1979 e tinha mais
de 9.600 horas de vôo.
Passageiros relataram que o
avião passava por uma zona de
muita turbulência na hora do pouso e que ele não conseguiu frear.
"Tudo o que eu pude pensar na
hora é que eu tinha sobrevivido à
colisão e que poderia morrer atingido por um relâmpago ou pelas
chamas do avião", disse David
Hill, um dos sobreviventes.
O Conselho Nacional de Segurança em Transportes, um órgão
do governo, enviou ontem dois
aviões com técnicos para investigar o acidente.
Segundo a Administração Federal de Aviação, esse foi o primeiro
acidente aéreo com mortes no país
envolvendo companhias aéreas
dos EUA desde janeiro de 1997.
Ontem, o prefeito de Little Rock,
Jim Dailey, telefonou para o presidente Bill Clinton, que nasceu em
Arkansas, para relatar o fato. Segundo a Casa Branca, Dailey disse
a Clinton que "foi um milagre não
haver mais mortes".
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