das agências internacionais

A China interrompeu a transmissão da rede de TV norte-americana CNN em Pequim às vésperas do décimo aniversário do massacre da praça Tiananmen (Paz Celestial). Os protestos pró-democracia, que resultaram na morte de pelo menos mil pessoas, segundo grupos de direitos humanos, aconteceram na madrugada de 4 de junho de 1989. Pequim admitiu que houve ao menos 200 mortes.
As autoridades chinesas disseram que a transmissão da CNN estava sendo suspensa (até o próximo dia 8) "para manutenção".
Alguns canais franceses, alemães, italianos e espanhóis também foram tirados do ar "para manutenção" até 24 de junho.
A CNN planejava transmitir hoje um especial sobre o massacre em Tiananmen. "Nós vamos transmitir isso (o programa), mas não sabemos se as pessoas que moram em hotéis, em Pequim, vão conseguir vê-lo", afirmou o produtor do especial.
As imagens de outro programa da rede dos EUA, sobre o movimento pró-democracia, que foi ao ar no dia 31 de maio, em Pequim, ficaram indefinidas durante parte da transmissão.
Muitos chineses instalam antenas parabólicas em casa para evitar as restrições do governo e receber o sinal da CNN. As áreas diplomáticas de Pequim não estão sujeitas às restrições, mas os chineses precisam estar acompanhados de um morador ou ter uma permissão especial para entrar lá.
Sete dissidentes chineses foram detidos ontem para evitar a realização de manifestações. A polícia disse a seus familiares que eles estariam de volta após o aniversário do massacre.


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