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AL QAEDA
Terror adverte Europa sobre novos ataques
DA REDAÇÃO
As Brigadas Abu Hafs al Masri,
grupo extremista islâmico que se
diz ligado à Al Qaeda, ameaçou
ontem realizar novos ataques terroristas na Europa após o fim da
"trégua" proposta por Osama bin
Laden, cujo prazo termina no
próximo dia 15 de julho.
"Para os europeus (...), vocês
têm apenas mais alguns dias para
aceitar a trégua de Bin Laden ou
vocês só terão a si mesmo para
culpar", afirmou o grupo em texto publicado no "Asharq al Awsat" e no "Al Hayat", dois jornais
árabes baseados em Londres.
"A corrida é entre vocês, o tempo e os governos europeus que se
recusaram a parar com os ataques
contra os muçulmanos. Então
não nos culpem pelo que irá
acontecer, e já estamos nos desculpando caso vocês estejam entre os mortos." O texto aconselha
que os muçulmanos deixem a Europa e que aqueles que não vivem
em bairros muçulmanos guardem comida para um mês.
Em 15 de abril, uma fita com
mensagem gravada supostamente por Bin Laden propôs trégua às
nações européias que tirassem
suas tropas de países islâmicos. A
mensagem, considerada autêntica por serviços secretos europeus,
dava três meses para a saída das
tropas e dizia que os atentados de
11 de março em Madri foram retaliação pelas posições da Espanha,
que apoiou a invasão do Iraque.
Porém nem todos consideraram as ameaças sérias. A Alemanha e o Reino Unido afirmaram
que o grupo Brigadas Abu Hafs al
Masri não tem credibilidade e que
inclusive já reivindicou ataques
-como o de 11 de março- com
os quais não teriam conexão.
Já a França e a Itália declararam
levar a ameaça terrorista a sério,
mas não aumentarão a segurança
dos países, que já estaria no nível
mais alto. "Nós já estamos fazendo o máximo nessa área", disse o
presidente francês, Jacques Chirac. Os EUA afirmaram que, independentemente da autenticidade
das ameaças, o ultimato de Bin
Laden "não pode ser ignorado".
Pelo menos sete nações européias mantêm tropas no Iraque:
Reino Unido, Itália, Polônia,
Ucrânia, Holanda, Romênia e Dinamarca. A Espanha retirou seus
soldados neste ano.
Com agências internacionais
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