São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

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País é exportador de sêmen

free-lance para a Folha

Além da batalha política pelo direito à inseminação, as lésbicas da Dinamarca negociam um acordo com o Cryos, um dos maiores bancos de esperma da Europa, com sede no país.
A empresa não atende no varejo. Vende sêmen congelado exclusivamente para médicos e clínicas de inseminação artificial de toda a Europa.
Mas o diretor-geral da Cryos, Ole Schou, considera a possibilidade de vender esperma diretamente às homossexuais, o que não é proibido pela lei.
"Lógico que preferimos entregar nosso produto para instituições médicas", disse Schou ao "The Copenhaguen Post". "Mas, se atendêssemos aos pedidos dessas mulheres, os políticos reavaliariam sua posição."
A boa qualidade do esperma e o biótipo loiro de olhos claros contido no DNA dos dinamarqueses fizeram da Cryos uma referência na Europa. A empresa exporta para todo o continente. Aceita até pedidos via Internet.
Nos laboratórios, o sêmen passa por exames rigorosos de HIV e de cromossomos. O banco de esperma conta com cerca de 400 doadores, que recebem cerca de US$ 30 por amostra aprovada.
A Cryos tenta agora diversificar as características de seus doadores. "Exportamos para muitas partes do mundo onde as mães não querem filhos loiros de pele clara", observa Schou. (MS)



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