DA REDAÇÃO

Três palestinos acusados de colaborarem com Israel foram mortos ontem por integrantes do grupo terrorista Hamas na faixa de Gaza, à luz do dia e diante de dezenas de testemunhas, em uma operação que demonstrou mais uma vez a falta de segurança nos territórios palestinos ocupados.
Já o Ministério da Defesa de Israel autorizou ontem a expansão do assentamento de Maaleh Adumim, o maior na Cisjordânia, onde poderão ser construídas 600 novas casas. O ministro da Defesa, Shaul Mofaz, disse ainda que a colônia de 28 mil habitantes ficará do lado israelense da barreira que está sendo erguida em Israel e na Cisjordânia ocupada para separar o país das áreas palestinas.
Segundo o plano de paz apoiado pelos EUA, Israel deveria congelar a expansão dos assentamentos. Mas Mofaz disse ontem que Maaleh Adumim faz parte de Israel e o seu crescimento é natural. Os EUA protestaram.
Em Gaza, logo após o nascer do sol, integrantes do Hamas invadiram uma prisão sem enfrentar resistência e lançaram uma granada na cela na qual estavam os "colaboradores". Um deles morreu e outros quatro, feridos, foram levados para um hospital.
Ao redor do meio-dia, cinco membros do Hamas mascarados, que participavam do funeral de três palestinos mortos por israelenses anteontem, entraram no quarto de Mahmoud al Sharef, 52, e o mataram. Mais tarde, outras 20 pessoas voltaram ao hospital e fecharam a rua. Cinco deles foram à UTI e mataram o "colaborador" Walid Hamdiye, 42.