São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2005

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MISSÃO NO CARIBE

O substituto, general Bacellar, já foi sabatinado pela ONU

Heleno deixa o Haiti no fim do mês

FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO

Há 14 meses no comando da missão de paz da ONU no Haiti (Minustah), o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira deverá ser substituído no final deste mês pelo general-de-divisão gaúcho Urano Teixeira da Matta Bacellar, informou ontem o Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomsex).
Indicado pelo Ministério da Defesa, ele foi sabatinado recentemente na sede da ONU, em Nova York. O general Bacellar, 57, é natural de Bagé (RS) e exercia até recentemente a função de quinto subchefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília.
Embora a mudança não tenha sido oficializada pelo Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, o governo brasileiro dá a substituição como certa. O Cecomsex informou que o general Bacellar só concederá entrevista à imprensa após a homologação do seu nome.
Segundo fontes militares, um dos motivos para a indicação do general Bacellar foi o fato de a sabatina na ONU ter sido feita em inglês.
O general inicialmente cotado para assumir a Minustah, Luiz Guilherme Terra Amaral, não é fluente nessa língua.
Os capacetes azuis brasileiros, responsáveis pela segurança de parte da capital haitiana, Porto Príncipe, voltaram a ter um dia agitado ontem. De manhã, houve uma troca de tiros com supostos criminosos na favela de Bel Air, considerada uma das regiões mais violentas do país. Um suspeito foi detido.
No final da tarde, militares brasileiros localizaram o cativeiro de um homem dominicano que estava seqüestro havia quatro dias. É a quinta libertação realizada pela missão brasileira nas últimas semanas.
Apesar dos incidentes, a missão brasileira avalia que houve uma melhora na segurança pública de Porto Príncipe durante o mês de julho.
A insegurança da capital tem sido a principal crítica contra o comando do general Heleno. Nos últimos meses, Porto Príncipe tem sofrido com uma onda de seqüestros. Além disso, várias partes da cidade são controladas por gangues armadas.
O comandante da Minustah tem afirmado que o problema da violência está restrito a Porto Príncipe e cobra o envio de ajuda financeira prometido pela comunidade internacional para minimizar a miséria do país.

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