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MISSÃO NO CARIBE
O substituto, general Bacellar, já foi sabatinado pela ONU
Heleno deixa o Haiti no fim do mês
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
Há 14 meses no comando da
missão de paz da ONU no Haiti
(Minustah), o general Augusto
Heleno Ribeiro Pereira deverá ser
substituído no final deste mês pelo general-de-divisão gaúcho
Urano Teixeira da Matta Bacellar,
informou ontem o Centro de Comunicação Social do Exército
(Cecomsex).
Indicado pelo Ministério da Defesa, ele foi sabatinado recentemente na sede da ONU, em Nova
York. O general Bacellar, 57, é natural de Bagé (RS) e exercia até recentemente a função de quinto
subchefe do Estado-Maior do
Exército, em Brasília.
Embora a mudança não tenha
sido oficializada pelo Departamento de Operações de Paz das
Nações Unidas, o governo brasileiro dá a substituição como certa.
O Cecomsex informou que o general Bacellar só concederá entrevista à imprensa após a homologação do seu nome.
Segundo fontes militares, um
dos motivos para a indicação do
general Bacellar foi o fato de a sabatina na ONU ter sido feita em
inglês.
O general inicialmente cotado
para assumir a Minustah, Luiz
Guilherme Terra Amaral, não é
fluente nessa língua.
Os capacetes azuis brasileiros,
responsáveis pela segurança de
parte da capital haitiana, Porto
Príncipe, voltaram a ter um dia
agitado ontem. De manhã, houve
uma troca de tiros com supostos
criminosos na favela de Bel Air,
considerada uma das regiões
mais violentas do país. Um suspeito foi detido.
No final da tarde, militares brasileiros localizaram o cativeiro de
um homem dominicano que estava seqüestro havia quatro dias. É a
quinta libertação realizada pela
missão brasileira nas últimas semanas.
Apesar dos incidentes, a missão
brasileira avalia que houve uma
melhora na segurança pública de
Porto Príncipe durante o mês de
julho.
A insegurança da capital tem sido a principal crítica contra o comando do general Heleno. Nos
últimos meses, Porto Príncipe
tem sofrido com uma onda de seqüestros. Além disso, várias partes da cidade são controladas por
gangues armadas.
O comandante da Minustah
tem afirmado que o problema da
violência está restrito a Porto
Príncipe e cobra o envio de ajuda
financeira prometido pela comunidade internacional para minimizar a miséria do país.
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