DA REDAÇÃO

Uma delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou ontem que viajará ao local onde estão os restos mortais de 11 ex-deputados mortos quando eram mantidos reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A Cruz Vermelha, no entanto, mantém sob sigilo o lugar onde estão os corpos para dar a segurança à equipe e preservar a integridade dos familiares das vítimas. Sete membros da organização se preparam para viajar nos próximos dias, acompanhados por Álvaro Leyva, autorizado pelo governo de Álvaro Uribe a buscar aproximação com os rebeldes.
"Não podemos confirmar a data de entrega se nem sabemos quanto tempo necessitamos para concluir a missão", disse Barbara Hintermann, chefe da delegação.
As Farc divulgaram ontem um comunicado com a localização dos corpos; o governo disse que garantirá segurança para a tarefa. Com a morte dos deputados, o número de reféns em poder das Farc caiu para 45. O governo estuda um acordo com a milícia para trocá-los por 500 guerrilheiros presos, que vem sendo intermediado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Ontem, Chávez disse que enviou outra mensagem ao líder das Farc, Manuel Marulanda, pela libertação dos reféns. Chávez e Uribe acordaram que um representante das Farc viajaria à Venezuela para a negociação.