DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, modificou ontem a lei eleitoral palestina, o que deve favorecer o seu partido, o laico Fatah.
A revisão é vista como uma tentativa de marginalizar o grupo radical islâmico Hamas, que conquistou maioria no Parlamento mas cuja vitória levou a um boicote econômico do Ocidente -os EUA listam o grupo como terrorista. Em junho, após a cisão, o Hamas tomou o controle da faixa de Gaza, e Abbas dissolveu seu gabinete, expulsando o grupo.
Agora, sob o novo sistema, os eleitores irão escolher partidos, não candidatos, e o Parlamento será dividido em partidos na proporção dos votos que cada um tiver recebido. Em 2006, os eleitores votaram em candidatos por distritos, o que determinou a vitória do Hamas.
O novo sistema eleitoral também requer que todos os candidatos presidenciais e parlamentares reconheçam a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que é dominada pelo Fatah, como o "único e legítimo representante" do povo palestino.
O Hamas, que não é membro da OLP, qualificou a medida de ilegal. Segundo seu porta-voz, Fawzi Barhoum, somente o Parlamento, que é controlado pelo Hamas, tem autoridade para modificar a lei eleitoral. Abbas respondeu que o Parlamento não funciona mais.
Ainda não há data para as eleições.