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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Decisão "preocupa" EUA, diz Colin Powell

Israel anuncia plano de expansão de assentamentos na Cisjordânia

DA REDAÇÃO

O governo de Israel anunciou ontem um plano para construir cerca de 600 casas nos assentamentos judaicos na Cisjordânia. A medida provocou mais uma onda de condenação internacional e de palestinos. Os EUA afirmaram que têm preocupação com a decisão israelense.
O anúncio da construção acontece um dia depois de o gabinete do premiê israelense, Ariel Sharon, aprovar a construção de um novo trecho da barreira para separar Israel da Cisjordânia, incorporando mais terras palestinas.
A barreira foi classificada como "nazista e racista" pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat.
A expansão dos assentamentos é contrária ao que prevê o plano de paz proposto pelos EUA, que exige o congelamento na construção das colônias judaicas.
Israel afirma que não congelará as construções enquanto os palestinos não combaterem o terrorismo, conforme prevê o plano de paz. Além disso, segundo um porta-voz do Ministério da Habitação, as novas casas são consequência do crescimento natural dos assentamentos.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, disse ontem que os EUA vêem "com preocupação a construção de assentamentos por parte dos israelenses". Acrescentou que o presidente George W. Bush mantém a opinião de que a barreira é um problema. "E quando a barreira entra no território palestino, o problema se exacerba", acrescentou.
Para Israel, a Cisjordânia é uma área em disputa, e a barreira visa impedir a entrada de terroristas palestinos no território israelense. Cerca de 60 mil palestinos ficarão do lado israelense da barreira, isolados do restante das áreas palestinas na Cisjordânia.

Arafat
"Israel está cometendo um crime ao expandir seu muro racista e nazista, que rouba a nossa terra", disse Arafat, sobre a barreira, em Ramallah (Cisjordânia). O premiê palestino indicado, Ahmed Korei, criticou a expansão dos assentamentos judaicos.
Cerca de 230 mil israelenses vivem em 150 assentamentos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza, em meio a 3,6 milhões de palestinos.


Com agências internacionais


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