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ORIENTE MÉDIO
Decisão "preocupa" EUA, diz Colin Powell
Israel anuncia plano de expansão de assentamentos na Cisjordânia
DA REDAÇÃO
O governo de Israel anunciou
ontem um plano para construir
cerca de 600 casas nos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
A medida provocou mais uma
onda de condenação internacional e de palestinos. Os EUA afirmaram que têm preocupação
com a decisão israelense.
O anúncio da construção acontece um dia depois de o gabinete
do premiê israelense, Ariel Sharon, aprovar a construção de um
novo trecho da barreira para separar Israel da Cisjordânia, incorporando mais terras palestinas.
A barreira foi classificada como
"nazista e racista" pelo presidente
da ANP (Autoridade Nacional
Palestina), Iasser Arafat.
A expansão dos assentamentos
é contrária ao que prevê o plano
de paz proposto pelos EUA, que
exige o congelamento na construção das colônias judaicas.
Israel afirma que não congelará
as construções enquanto os palestinos não combaterem o terrorismo, conforme prevê o plano de
paz. Além disso, segundo um porta-voz do Ministério da Habitação, as novas casas são consequência do crescimento natural
dos assentamentos.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, disse ontem que
os EUA vêem "com preocupação
a construção de assentamentos
por parte dos israelenses". Acrescentou que o presidente George
W. Bush mantém a opinião de
que a barreira é um problema. "E
quando a barreira entra no território palestino, o problema se
exacerba", acrescentou.
Para Israel, a Cisjordânia é uma
área em disputa, e a barreira visa
impedir a entrada de terroristas
palestinos no território israelense.
Cerca de 60 mil palestinos ficarão
do lado israelense da barreira, isolados do restante das áreas palestinas na Cisjordânia.
Arafat
"Israel está cometendo um crime ao expandir seu muro racista e
nazista, que rouba a nossa terra",
disse Arafat, sobre a barreira, em
Ramallah (Cisjordânia). O premiê
palestino indicado, Ahmed Korei,
criticou a expansão dos assentamentos judaicos.
Cerca de 230 mil israelenses vivem em 150 assentamentos judaicos na Cisjordânia e na faixa de
Gaza, em meio a 3,6 milhões de
palestinos.
Com agências internacionais
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