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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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RELIGIÃO

Arinze é um dos mais lembrados; sul-africano também está cotado

Nigeriano está entre os "papáveis"

DA REDAÇÃO

Em 1978, o polonês João Paulo 2º surpreendeu ao se tornar o primeiro papa não-italiano em mais de 450 anos de história da Igreja Católica. A escolha de seu sucessor pode causar ainda mais surpresa -caso os cardeais decidam por um pontífice africano. Ao menos dois nomes da região mais pobre do mundo estão entre os "papáveis".
Desses, o mais cotado é o nigeriano Francis Arinze, 71, prefeito da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, função de importância menor dentro da hierarquia do Vaticano.
Filho de um chefe tribal da Nigéria, é tido como carismático e foi elogiado por seu trabalho na expansão da Igreja Católica na África. Em 1985, João Paulo 2º o nomeou cardeal.
Seu nome apareceu com mais força em abril do ano passado, quando o cardeal alemão Joseph Ratzinger, tido como um dos principais assessores do papa, disse que gostaria de ver um pontífice africano.
"Pessoalmente, sinto que [a eleição de um africano] seria um bom sinal para todo o cristianismo", disse Ratzinger. Na época, muitos entenderam a declaração como um gesto de apoio a Arinze.
Embora com menos chances, o sul-africano Wilfrid Napier, 62, também tem sido lembrado. Arcebispo de Durban, foi nomeado cardeal em 2001.
A África já tem pelo menos um voto declarado: o do brasileiro Eusébio Oscar Scheid, 70, um dos 31 cardeais recém-nomeados pelo papa.


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