São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2001

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Queda terá efeito em todo o mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Enron era uma empresa ambiciosa, que crescia rápido e em várias áreas, da energia e do gás, à telefonia, seguros e papel. Sua queda afetará trabalhadores, bancos e empresas em todo o mundo.
Só nos primeiros nove meses do ano, a Enron faturou US$ 140 bilhões, sete vezes mais do que outra gigante americana, a Microsoft. No ano passado, a Enron chegou a valer US$ 80 bilhões na Bolsa de Valores. Hoje é cotada em US$ 200 milhões.
Espalhada por 40 países, incluindo o Brasil, a Enron deve US$ 13 bilhões. Boa parte dos débitos está concentrado em bancos. A Enron deve US$ 900 milhões para o JP Morgan, US$ 800 milhões para o Citigroup e US$ 250 milhões para os franceses do Credit Lyonnais.
Um consórcio de vários bancos emprestou US$ 3 bilhões para um projeto da Enron na Índia. Seus débitos também se estendem a empresas. Só na área de energia, a Enron tem 28,5 mil clientes.
Seus 21 mil empregados também devem ser afetados. Na sexta, a Enron demitiu 1.000 funcionários de suas empresas na Europa. No Brasil, a Enron é sócia da distribuidora de gás CEG Rio e da distribuidora de energia Elektro.
Sexta maior distribuidora de energia do país, a Elektro atua no interior de São Paulo, onde atende 1,6 milhão de clientes. Em anúncio, a Elektro informou que suas operações não serão afetadas pelos problemas com a Enron.



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