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Queda terá efeito em todo o mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Enron era uma empresa ambiciosa, que crescia rápido e em
várias áreas, da energia e do gás, à
telefonia, seguros e papel. Sua
queda afetará trabalhadores, bancos e empresas em todo o mundo.
Só nos primeiros nove meses do
ano, a Enron faturou US$ 140 bilhões, sete vezes mais do que outra gigante americana, a Microsoft. No ano passado, a Enron
chegou a valer US$ 80 bilhões na
Bolsa de Valores. Hoje é cotada
em US$ 200 milhões.
Espalhada por 40 países, incluindo o Brasil, a Enron deve
US$ 13 bilhões. Boa parte dos débitos está concentrado em bancos. A Enron deve US$ 900 milhões para o JP Morgan, US$ 800
milhões para o Citigroup e US$
250 milhões para os franceses do
Credit Lyonnais.
Um consórcio de vários bancos
emprestou US$ 3 bilhões para um
projeto da Enron na Índia. Seus
débitos também se estendem a
empresas. Só na área de energia, a
Enron tem 28,5 mil clientes.
Seus 21 mil empregados também devem ser afetados. Na sexta,
a Enron demitiu 1.000 funcionários de suas empresas na Europa.
No Brasil, a Enron é sócia da distribuidora de gás CEG Rio e da
distribuidora de energia Elektro.
Sexta maior distribuidora de
energia do país, a Elektro atua no
interior de São Paulo, onde atende 1,6 milhão de clientes. Em
anúncio, a Elektro informou que
suas operações não serão afetadas
pelos problemas com a Enron.
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