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ATAQUES NO QUÊNIA
Analistas consideram comunicado similar a outros da rede
Mensagem indica autoria da Al Qaeda
DA REDAÇÃO
Um comunicado supostamente
da rede terrorista Al Qaeda reivindicou ontem na internet os ataques contra um hotel e um avião
israelenses no Quênia, na semana
passada, com saldo de 13 mortos.
Nos EUA, investigações indicam
participação da organização.
Analistas afirmaram que o comunicado na internet inclui frases, termos e nomes similares a
outros já usados pela rede, segundo o diário israelense "Haaretz".
O comunicado foi divulgado no
site www.azfalrasas.com e estava
assinado pelo Escritório Político
da Al Qaeda.
Porém os analistas disseram
não ter condições de confirmar a
autenticidade do comunicado
atribuído à rede terrorista liderada pelo saudita Osama bin Laden.
O texto do comunicado diz que
que alvos israelenses e americanos continuarão vulneráveis a novos ataques terroristas ao redor
do mundo. Os muçulmanos também foram advertidos a não
apoiarem uma ofensiva dos EUA
contra o regime do ditador iraquiano, Saddam Hussein.
"Os combatentes da Al Qaeda
retornaram ao mesmo lugar onde
a coalizão cruzado-judaica foi
atingida há quatro anos", dizia o
comunicado, fazendo referência
aos atentados terroristas contra as
embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998.
Nos atentados no Quênia, na
quinta-feira passada, três israelenses e dez quenianos foram
mortos. Todos na explosão em
um hotel de propriedade israelense perto de Mombaça, na costa
queniana. Três terroristas suicidas morreram.
O outro ataque fracassou. Dois
mísseis foram disparados contra
um avião israelense que decolava
de um aeroporto da mesma cidade, sem atingi-lo.
"Essas duas operações tiveram
como objetivo matar qualquer sonho da coalizão cruzado-judaica
de tentar resguardar seus interesses nessa região", acrescentava.
O comunicado pediu ainda que
os muçulmanos africanos sigam
os passos "dos heróis de Mombaça, que tentam evitar que essa região se torne um inferno sob a
ocupação dos judeus e dos cruzados [termo utilizado pela Al Qaeda para designar os cristãos]". A
reivindicação afirma ainda que a
ocupação israelense nos territórios palestinos provocará sérias
consequências "ao povo judeu".
Reforçando a tese de autoria da
Al Qaeda, funcionários dos EUA
disseram ontem que o tipo de
míssil usado para tentar abater o
avião israelense no Quênia era similar a outro que fracassou em
tentativa de atingir um avião dos
EUA na Arábia Saudita em maio,
segundo a rede de TV CNN.
Os números de série dos mísseis
seriam muito próximos, o que indica que eles tenham sido comprados no mercado negro ao
mesmo tempo. Os mísseis são os
SA-7, de fabricação soviética, produzidos nos anos 70.
Caso se comprove a ligação da
Al Qaeda com os ataques, esses
seriam os primeiros atentados da
rede terrorista contra Israel.
Intifada
Quatro palestinos morreram
em choques na Cisjordânia e na
faixa de Gaza.
Entre os mortos, há uma adolescente palestina que morreu em
choque entre jovens palestinos e
soldados israelenses em Jenin
(Cisjordânia). Apenas em uma
das mortes não houve envolvimento de soldados israelenses.
Em Gaza, a FAO (organismo
das Nações Unidas para agricultura e alimentação) acusou Israel
de ter destruído nos ataques do
fim de semana um prédio com
US$ 270 mil em alimentos estocados que seriam direcionados para
os palestinos. Segundo Israel, os
andares superiores do prédio
eram usados por grupos palestinos para atividades terroristas.
Com agências internacionais
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