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IRAQUE SOB TUTELA
Saldo é um dos piores registrados por tropas dos EUA; grupo ameaça matar quatro reféns estrangeiros
Dez marines morrem em ataque a bomba
DA REDAÇÃO
Dez fuzileiros navais americanos foram mortos e onze ficaram
feridos durante uma patrulha em
uma fábrica perto de Fallujah
(oeste), umas das regiões mais
conturbadas do Iraque, quando
uma bomba explodiu, informou
ontem o comando militar dos
EUA. É um dos piores saldos de
baixas para os marines em um
ataque desde o início da guerra e
coincide com um momento em
que, nos EUA, a pressão pela retirada das tropas só faz crescer.
Os marines examinavam o pátio da fábrica quinta à tarde quando a bomba improvisada explodiu. Na capital, três marines morreram em um acidente de carro.
Em 32 meses de conflito, os
EUA perderam 2.128 militares, segundo o Pentágono -no mesmo
período, de 27,3 mil a 30,7 mil iraquianos foram mortos, na conta
do grupo Iraq Body Count.
"Ficamos tristes com a perda de
vidas -de um soldado ou de
dez", disse o porta-voz da Casa
Branca, Scott McClellan. "Nossos
corações e preces estão com os familiares de quem se sacrificou ao
máximo por uma causa importante. A eles somos gratos."
O ataque ocorreu dois dia depois de a Casa Branca lançar sua
Estratégia para Vencer no Iraque.
No discurso em que apresentou o
plano, o presidente George W.
Bush rechaçou o estabelecimento
de prazos para a retirada, como
pedem seus críticos.
Recentemente, o Pentágono
anunciou que, se o cenário permitir, estuda retirar 50 mil dos 155
mil militares que estão no país em
2006. O contingente americano
está em um de seus níveis mais altos por conta das eleições gerais
iraquianas, no próximo dia 15.
Para aumentar a segurança,
Bagdá fechou as fronteiras do país
para árabes não-iraquianos.
Estrangeiros seqüestrados
O grupo que seqüestrou quatro
assistentes humanitários estrangeiros há uma semana ameaçou
matá-los caso "todos os presos
em centros de detenção americanos e iraquianos não sejam liberados" até a próxima quinta, segundo um vídeo exibido pela rede de
TV Al Jazira, de Qatar. Os reféns
-dois canadenses, um britânico
e um americano- aparecem no
vídeo comendo e falando para a
câmera, mas o áudio foi cortado.
Também ontem, o comando
dos EUA anunciou que o número
de atentados suicidas no Iraque
em novembro, 23, foi o menor em
sete meses. Já as explosões de carros-bomba, 68, superaram os três
meses anteriores. Os atentados
mataram 290 iraquianos, mais do
que o dobro do que em outubro.
Com agências internacionais
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