São Paulo, sábado, 03 de dezembro de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

Saldo é um dos piores registrados por tropas dos EUA; grupo ameaça matar quatro reféns estrangeiros

Dez marines morrem em ataque a bomba

DA REDAÇÃO

Dez fuzileiros navais americanos foram mortos e onze ficaram feridos durante uma patrulha em uma fábrica perto de Fallujah (oeste), umas das regiões mais conturbadas do Iraque, quando uma bomba explodiu, informou ontem o comando militar dos EUA. É um dos piores saldos de baixas para os marines em um ataque desde o início da guerra e coincide com um momento em que, nos EUA, a pressão pela retirada das tropas só faz crescer.
Os marines examinavam o pátio da fábrica quinta à tarde quando a bomba improvisada explodiu. Na capital, três marines morreram em um acidente de carro.
Em 32 meses de conflito, os EUA perderam 2.128 militares, segundo o Pentágono -no mesmo período, de 27,3 mil a 30,7 mil iraquianos foram mortos, na conta do grupo Iraq Body Count.
"Ficamos tristes com a perda de vidas -de um soldado ou de dez", disse o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan. "Nossos corações e preces estão com os familiares de quem se sacrificou ao máximo por uma causa importante. A eles somos gratos."
O ataque ocorreu dois dia depois de a Casa Branca lançar sua Estratégia para Vencer no Iraque. No discurso em que apresentou o plano, o presidente George W. Bush rechaçou o estabelecimento de prazos para a retirada, como pedem seus críticos.
Recentemente, o Pentágono anunciou que, se o cenário permitir, estuda retirar 50 mil dos 155 mil militares que estão no país em 2006. O contingente americano está em um de seus níveis mais altos por conta das eleições gerais iraquianas, no próximo dia 15.
Para aumentar a segurança, Bagdá fechou as fronteiras do país para árabes não-iraquianos.

Estrangeiros seqüestrados
O grupo que seqüestrou quatro assistentes humanitários estrangeiros há uma semana ameaçou matá-los caso "todos os presos em centros de detenção americanos e iraquianos não sejam liberados" até a próxima quinta, segundo um vídeo exibido pela rede de TV Al Jazira, de Qatar. Os reféns -dois canadenses, um britânico e um americano- aparecem no vídeo comendo e falando para a câmera, mas o áudio foi cortado.
Também ontem, o comando dos EUA anunciou que o número de atentados suicidas no Iraque em novembro, 23, foi o menor em sete meses. Já as explosões de carros-bomba, 68, superaram os três meses anteriores. Os atentados mataram 290 iraquianos, mais do que o dobro do que em outubro.


Com agências internacionais

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