São Paulo, sexta-feira, 04 de janeiro de 2002

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ONU confirma morte de civis por americanos

DA REDAÇÃO

A ONU disse ter evidências de que não havia integrantes da Al Qaeda e do Taleban em Qalaye Niazi (sudeste afegão) no último dia 29, quando os EUA bombardearam o vilarejo, matando mais de 50 pessoas. O anúncio contradiz a versão dos EUA para o caso -segundo o Pentágono, um depósito de munição dos grupos extremistas foi atacado e ninguém morreu.
A porta-voz das Nações Unidas Stephanie Bunker afirmou que a organização recebeu um relatório de informante confiável de que a ofensiva dos EUA matou 52 pessoas -esse número foi estimado em 107 por moradores. Bunker contou que o relatório foi elaborado por uma fonte local, mantida em anonimato pela ONU.
"Parentes identificaram os corpos ou recolheram pedaços dos corpos", declarou Bunker, acrescentando que as três ondas de ataques destruíram cinco conjuntos de casas de barro. "Os mortos são 17 homens, 10 mulheres e 25 crianças. Três pessoas foram feridas. Todos eram civis", disse a porta-voz.
Qalaye Niazi fica na Província de Paqtia, região que no passado abrigou campos de treinamento da Al Qaeda e se tornou o principal alvo da aviação dos EUA em seus ataques mais recentes.
Segundo Stephanie Bunker, o enviado da ONU para o Afeganistão, Lakhdar Brahimi, pretende discutir as mortes de civis com diplomatas norte-americanos.
Até a conclusão desta edição, os EUA não haviam comentado o relatório apresentado pela ONU.


Com agências internacionais

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