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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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Blix pede provas que ajudem as inspeções

DA REDAÇÃO

O chefe dos inspetores de armas da ONU, o sueco Hans Blix, pediu aos EUA que apresentem nesta semana provas concretas de que o Iraque ainda teria estoques de armas proibidas por resoluções do Conselho de Segurança.
Em entrevista publicada ontem pelo diário alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung", Blix declarou: "Precisamos de provas com base nas quais podemos agir, dicas que nos levem a lugares específicos".
Até agora, em mais de dois meses de trabalho, os inspetores da ONU dizem não ter encontrado no Iraque provas de que o país estaria escondendo armas de destruição em massa -como argumentam EUA e Reino Unido.
No entanto, Blix e o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o egípcio Mohamed El Baradei, dizem que Bagdá não está cooperando tanto quanto deveria para o sucesso das inspeções.
"Todos concordam que o Iraque precisa cooperar mais, que a comunidade internacional está ficando impaciente e que os inspetores precisam ter a capacidade de apresentar relatórios em breve", disse ontem El Baradei.
A ida dele e de Blix a Bagdá, no sábado, ainda está indefinida. Numa carta, os chefes das inspeções impuseram condições ao governo iraquiano para levar adiante a visita. Até ontem, ainda não haviam recebido resposta. "Presumo que, se não tivermos uma resposta, isso significa que eles concordam com nossas expectativas", afirmou o diretor da AIEA.

Ogiva descoberta
O Iraque anunciou ontem que inspetores da ONU encontraram uma ogiva danificada e um molde de cerâmica usado em mísseis perto da capital, Bagdá.
A agência oficial de notícias iraquiana minimizou o achado, afirmando se tratar de peças sem importância e previamente listadas num relatório entregue pelo país à ONU em dezembro.
Os inspetores não fizeram comentários sobre a descoberta, realizada durante buscas na companhia estatal Al Nida, 18 km ao sul de Bagdá. O local, onde são produzidos propulsores para foguetes e mísseis, já havia sido visitado algumas vezes ao longo das últimas semanas.


Com agências internacionais


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