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Blix pede provas que
ajudem as inspeções
DA REDAÇÃO
O chefe dos inspetores de armas
da ONU, o sueco Hans Blix, pediu
aos EUA que apresentem nesta
semana provas concretas de que o
Iraque ainda teria estoques de armas proibidas por resoluções do
Conselho de Segurança.
Em entrevista publicada ontem
pelo diário alemão "Frankfurter
Allgemeine Zeitung", Blix declarou: "Precisamos de provas com
base nas quais podemos agir, dicas que nos levem a lugares específicos".
Até agora, em mais de dois meses de trabalho, os inspetores da
ONU dizem não ter encontrado
no Iraque provas de que o país estaria escondendo armas de destruição em massa -como argumentam EUA e Reino Unido.
No entanto, Blix e o diretor da
Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA), o egípcio Mohamed El Baradei, dizem que Bagdá
não está cooperando tanto quanto deveria para o sucesso das inspeções.
"Todos concordam que o Iraque precisa cooperar mais, que a
comunidade internacional está ficando impaciente e que os inspetores precisam ter a capacidade de
apresentar relatórios em breve",
disse ontem El Baradei.
A ida dele e de Blix a Bagdá, no
sábado, ainda está indefinida. Numa carta, os chefes das inspeções
impuseram condições ao governo
iraquiano para levar adiante a visita. Até ontem, ainda não haviam
recebido resposta. "Presumo que,
se não tivermos uma resposta, isso significa que eles concordam
com nossas expectativas", afirmou o diretor da AIEA.
Ogiva descoberta
O Iraque anunciou ontem que
inspetores da ONU encontraram
uma ogiva danificada e um molde
de cerâmica usado em mísseis
perto da capital, Bagdá.
A agência oficial de notícias iraquiana minimizou o achado, afirmando se tratar de peças sem importância e previamente listadas
num relatório entregue pelo país à
ONU em dezembro.
Os inspetores não fizeram comentários sobre a descoberta,
realizada durante buscas na companhia estatal Al Nida, 18 km ao
sul de Bagdá. O local, onde são
produzidos propulsores para foguetes e mísseis, já havia sido visitado algumas vezes ao longo das
últimas semanas.
Com agências internacionais
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