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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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CORÉIA DO NORTE

Ação seria demonstração de força a Pyongyang, que promete resistir

EUA estudam enviar reforço militar

Kim Jae-hwan/France Presse
Soldado norte-americano passa por jarros sul-coreanos em Seul


DA REDAÇÃO

O Departamento da Defesa dos EUA está estudando o envio de um porta-aviões à região próxima da península coreana como uma demonstração de força em meio à crise nuclear com a Coréia do Norte, informou o Pentágono.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, também está considerando a possibilidade de enviar mais aviões militares à região. Seria uma mensagem a Pyongyang de que, apesar de os EUA estarem se concentrando em uma possível guerra contra o Iraque, seriam capaz de frustrar um ataque da Coréia do Norte à Coréia do Sul. No final do ano passado, Rumsfeld havia dito que os EUA estavam preparados para lutar em duas frentes, Iraque e Coréia do Norte, se necessário.
A rádio oficial norte-coreana Pyongyang disse que o país está preparado para enfrentar os EUA e acusou os "imperialistas" americanos de planejarem "dominar a península coreana".
Os EUA têm 37 mil soldados em bases na Coréia do Sul, onde mantém forças desde a Guerra da Coréia (1950-1953).
A medida para intensificar a presença militar americana na região ocorre três dias depois de autoridades americanas terem dito que satélites espiões haviam detectado caminhões que pareciam estar transportando carga nuclear de um depósito norte-coreano.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que Bush ainda acredita que o impasse com a Coréia do Norte, que começou em outubro do ano passado, ainda possa ser resolvido pacificamente. "Mas isso não significa que os EUA não tenham planos de emergência e assegurem que esses planos sejam viáveis", afirmou.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse ontem que é necessário reunir fundos o mais rapidamente possível para evitar uma "grande crise humanitária" na Coréia do Norte.
A declaração foi dada depois que Annan conversou com Maurice Strong, enviado pessoal do secretário-geral à Coréia do Norte no mês passado. Strong informou que os norte-coreanos precisam "desesperadamente" de comida e que os remédios em breve vão acabar no país.

Com agências internacionais


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