DA REDAÇÃO

O número de mortos pela gripe do frango na Ásia subiu para 13 ontem após a confirmação de mais uma vítima na Tailândia -um menino de sete anos.
Na China, o país mais populoso do mundo, o vírus continua se espalhando pelas criações avícolas, mas não há registros de ocorrência da doença entre humanos.
Em Genebra, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tentou acalmar os temores de que, no Vietnã, duas irmãs teriam contraído o vírus de outro paciente. A possibilidade foi admitida no domingo porque não foram encontrados indícios de que elas tivessem tido contato com frangos.
Até o momento, humanos se contaminaram apenas por meio do contato com aves infectadas. Especialistas temem que o vírus sofra uma mutação e passe a ser transmitido também entre humanos, causando uma epidemia.
"Por enquanto, temos uma cepa de influenza (vírus que causa a gripe) com o potencial de atingir genes humanos, mas não estamos nem perto de declarar a existência de uma pandemia", disse Myke Ryan, chefe da rede de resposta a epidemias globais da OMS.
Anteontem, o governo tailandês criticou a OMS por levantar a hipótese de que teria ocorrido uma infecção entre humanos no país sem ter provas disso. Dez países asiáticos já registraram casos da doença em aves, mas em apenas dois deles, Tailândia e Vietnã, humanos foram contaminados.
Pelo menos 45 milhões de galinhas já foram mortas para tentar conter o surto da doença.
A gripe do frango assusta devido à elevada taxa de mortalidade. Em 1997, quando houve o primeiro surto, 6 das 18 pessoas infectadas morreram.
Ontem, especialistas reuniram-se na sede da FAO (órgão da ONU responsável pela agricultura e por alimentos) para analisar estratégias de ajuda aos países afetados.
Alguns países, como Vietnã e Tailândia, estão tendo prejuízos, devido à matança de aves ou cancelamentos de pacotes turísticos.


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