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Exército venezuelano está em alerta, diz Chávez
REDAÇÃO
O presidente da Venezuela,
Hugo Chávez, disse em discurso na noite de sábado que o
Exército de seu país está em
"alerta" diante da possibilidade
de um conflito armado com a
Colômbia. O venezuelano disse
ainda ter recebido um telefonema de Luiz Inácio Lula da Silva
em que, segundo ele, o presidente brasileiro manifestou
preocupação com o tema.
"As Forças Armadas Bolivarianas estão em alerta. Não sabemos até onde isso vai, porque
lamentavelmente, na Colômbia, a oligarquia iniciou uma investida contra a Venezuela por
instruções do império [EUA]",
afirmou Chávez em discurso
que marcou seus nove anos no
poder.
"Há alguns dias me ligaram
Lula e também Cristina Fernández [presidente da Argentina], preocupados. Eles sabem o
que está acontecendo", disse.
Manifesto pela paz
Ontem, um grupo de intelectuais liderados pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez e pelo ex-presidente venezuelano Ramón J. Velásquez
publicou um manifesto que pede o fim das hostilidades entre
os dois países.
"Consideramos necessário
nestes momentos recordar os
vínculos fraternais históricos
que unem nossas nações a fim
de impedir que sobre elas se
imponha uma discórdia emanada de interesses contrapostos nos altos níveis do poder",
diz o texto, divulgado pelo jornal "El Tiempo", de Bogotá.
"Pela mesma razão, não podemos admitir que o nome do
libertador Simón Bolívar seja
invocado para nos dividir e não
para ratificar uma união estabelecida desde sempre graças a
uma identidade comum."
"As inquietações que expressamos são profundamente
compartilhadas nos dois lados
da fronteira por uma opinião
pública que não aceita falsos litígios e divisões e que se reconhece em um respeito comum
pelas instituições democráticas", conclui. O documento é
assinado por mais de 60 artistas e intelectuais, entre eles a
escritora colombiana Laura
Restrepo e o jornalista venezuelano Teodoro Petkoff.
Com agências internacionais
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